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Empresa brasileira da indústria têxtil se torna carbono zero

Iniciativa voluntária abrange tanto as operações sob controle e gestão da indústria quanto às emissões indiretas
Por Redação em 14 de julho de 2023 às 6h00
Empresa brasileira da indústria têxtil se torna carbono zero
Foto: Divulgação/Brandili
Foto: Divulgação/Brandili

O Brasil está entre os maiores emissores de gases de efeito estufa do mundo, segundo os dados divulgados na 10ª edição do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases do Efeito Estufa (SEEG). Em 2021, o país emitiu 2,42 bilhões de toneladas brutas de gás carbônico (CO²) equivalente, 12,2% a mais que em 2020.

Diante dessa realidade, a indústria têxtil Brandili traçou metas voluntárias para enfrentar as mudanças climáticas e alcançou o status de empresa carbono neutro nos escopos 1 e 2. Na prática, a indústria têxtil calculou o total das emissões de gases de efeito estufa (GEE), reduziu onde era possível e balanceou o restante das emissões que ainda não puderam ser eliminadas através da compensação, neste caso, adquirindo créditos de carbono oriundos de um projeto de geração de energia eólica.

“O primeiro passo no combate aos impactos da mudança climática foi mapear as emissões de gases de efeito estufa diretas e indiretas. As emissões diretas da Brandili são provenientes das operações próprias (escopo 1), ou seja, as operações sobre as quais a empresa detém o controle e a gestão. Já as emissões indiretas (escopo 2), são as originárias da energia elétrica adquirida para uso em nossos processos”, explica o gerente de Sustentabilidade da Brandili, Leonir Felipe Soliman Filho.

A iniciativa vem sendo construída na última década e compreende as três unidades da empresa em Apiúna, Otacílio Costa e Blumenau, em Santa Catarina.

Padrão Internacional
Para a elaboração do inventário de gases de efeito estufa, a empresa explica que se tornou membro do Programa Brasileiro GHG Protocol, uma iniciativa do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGVces) para registro e publicação de Inventários de Emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE, em inglês, GHG – Greenhouse Gases), através de uma plataforma de Registro Público de Emissões. A metodologia utilizada na elaboração do inventário é um padrão reconhecido internacionalmente de quantificação de emissões.

Em seguida, os dados foram auditados por uma verificadora independente e o inventário de gases de efeito estufa foi publicado via Registro Público de Emissões do Programa Brasileiro GHG Protocol, o qual é o principal padrão de reporte de emissões de GEE no Brasil e reconhecido como iniciativa de responsabilidade ambiental e climática.

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