O contrato, no valor de R$ 2,5 milhões ao ano, compreende o fornecimento de aeronaves Grand Caravan, em regime de táxi aéreo, fornecidas pela Táxi Aéreo Marília, empresa do Grupo TAM. A Pigatto Transporte Super Expresso, empresa sediada em Porto Alegre, transporta autopeças para todo o Brasil. A TAM fornece as aeronaves e os pilotos; a Pigatto loca os aviões para o transporte de carga de seus clientes. O valor acertado no contrato equivale a 60 horas por mês de utilização, uma média de 10 a 15 vôos por dia.
O contrato foi fechado em junho, mas a operação passou a ser realizada em setembro. São 15 aeronaves Grand Caravan, fabricadas pela Cessna, com capacidade para 1.500 toneladas cada. Uma delas opera com a marca da Pigatto e todas fazem parte de um contrato de terceirização. A empresa já trabalhava com oito aeronaves de quatro fornecedores diferentes. Devido ao aumento da demanda pelos serviços, a Pigatto decidiu investir nos aviões da TAM.
Segundo Alexandre Pigatto, diretor da empresa, são transportados de 800 quilos a uma tonelada de carga por embarque. Mas, de acordo com o diretor, a média não deve aumentar. O que vai crescer é a quantidade de vôos realizados. "A TAM tem maior disponibilidade, treinamento de pilotos e segurança na manutenção", enfatiza Pigatto para justificar o contrato, renovável a cada ano. Das cargas de autopeças transportadas pela empresa, 80% têm origem em São Paulo. Os principais mercados recebedores são Porto Alegre, Salvador, Belo Horizonte e Curitiba, mas a empresa opera em todo o Brasil.
Para Alexandre Pigatto, deve existir muito comprometimento entre o fornecedor e a linha de produção, já que o País tem gargalos logísticos grandes. Pensando nisso, a empresa criou a chamada UTI – Unidade de Transporte Imediato, a partir de uma demanda de urgências da Mercedes-Benz, há oito anos. Hoje, a UTI responde por 20% do faturamento da Pigatto, que tem 270 clientes em carteira e estima crescer entre 30 e 40% este ano.