Enquanto o mercado de veículos leves respondeu rapidamente ao programa de incentivo do governo federal, o de veículos pesados tem encontrado dificuldade para engrenar. Entre as exigências para ter acesso ao abatimento de R$ 33 mil a R$ 99 mil, está a necessidade de destinar à reciclagem veículo com mais de 20 anos de uso.
Apesar do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) ter flexibilizado a norma, os dados apontam números abaixo do que foi registrado no ano passado. De acordo com as informações divulgadas pela Fenabrave, nesta quarta-feira (2), foram comercializados em julho 8,1 mil caminhões, volume que superou em 5% o total de junho, 7,7 mil unidades. No entanto, o número foi 28,4% menor em comparação ao mesmo mês de 2022, com 11,3 mil unidades. No acumulado do ano os 58,4 mil emplacamentos também estão 14,8% abaixo dos primeiros sete meses de 2022, que somou 68,6 mil licenciamentos.
Para José Maurício Andreta Júnior, presidente da Fenabrave, o mercado de caminhões ainda está se adequando à introdução do Euro 6, que elevou de 15% a 30% os preços dos veículos este ano, o que justificaria a leve recuperação do segmento em julho.
Ao todo as MPs 1.175, editada em 6 de junho, e 1.178, editada em 30 de junho, destinaram R$ 1,8 bilhão em descontos tributários nas transações de veículos. Desse montante, R$ 800 milhões foram destinados para os segmentos de automóveis e comerciais leves, R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para ônibus.
LEIA TAMBÉM: