Criação de um órgão regulador é uma das solicitações
O diretor-executivo do Centro Nacional de Navegação (Centronave) – entidade que congrega empresas armadoras de longo curso brasileiras e estrangeiras –, Elias Gedeon, fez um alerta em entrevista coletiva realizada ontem, dia 16 de abril. Segundo ele, os custos com praticagem devem ser reduzidos como forma de amenizar os efeitos da crise para os armadores. De acordo com o executivo, a praticagem representa 50% dos custos em cada escala realizada no Brasil. No exterior, representa entre 15% e 20%. “Hoje, o serviço é o que mais pesa nos custos dos armadores”, salienta.
Gedeon afirma que a Centronave já discute o assunto com os práticos. “Em Itajaí e Manaus as empresas se mostram sensíveis ao tema. Já em Paranaguá e São Francisco, independente da crise, as companhias querem reajustar os preços”, diz. Para ele, a intransigência trará reflexos negativos para estas localidades. O executivo frisa que não se discute a qualidade técnica do serviço, mas cobra, além da revisão dos preços, a ampliação na oferta de profissionais.
O diretor também cobra ações governamentais. “É preciso criar um órgão regulador”, resume. A solicitação, garante, já foi realizada junto à Marinha e à Secretaria Especial de Portos (SEP). Ainda não há projetos formalizados para a concepção do órgão.
Gedeon aproveitou e fez outro alerta. Para ele, é preciso haver liberdade de investimentos para agilizar a criação de terminais marítimos e, com isso, ampliar o leque de escolhas e estimular a negociação, reduzindo, assim, o frete.