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Pesquisa: empresas podem aumentar lucratividade com logística de exportações

Por Redação em 15 de abril de 2009 às 11h01 (atualizado em 15/04/2011 às 15h32)

As empresas que conhecem os entraves logísticos das exportações e agem para combatê-los têm 53% mais chances de obter uma lucratividade acima da média do mercado. Em contrapartida, as indústrias que não identificam e nem atuam para contornar esses gargalos têm apenas 4% de probabilidade de superar a margem média de rentabilidade do seu setor. Essa é uma das conclusões de pesquisa apresentada nesta terça-feira (14) pela equipe do Centro de Excelência em Logística e Supply Chain da Fundação Getúlio Vargas (GVcelog), no primeiro dia da Intermodal South America 2009.

O estudo “Exportações: superação das barreiras e o impacto no desempenho” ouviu 447 empresas exportadoras do Brasil, sob a coordenação dos professores Manoel Reis, Alexandre Pignanelli e Juliana Bonomi Santos. O objetivo foi apurar o que as indústrias podem fazer para combater os entraves logísticos que estão fora de sua área de produção, mas que impactam de alguma forma na lucratividade das operações e nos volumes do comércio internacional. Portanto, não foram consideradas na pesquisa questões que cabem apenas aos governos resolverem, mas somente ações que podem ser tomadas pelas empresas no processo de escoamento de seus produtos.

No que diz respeito à infra-estrutura, cerca de 70% dos entrevistados disseram que não fazem nada para contornar os gargalos, embora uma parte destes (15%) concorde que é possível fazer algo para mudar a situação logística fora das fábricas. Praticamente a mesma proporção se verifica em relação aos aspectos legais (18% admitem que podem fazer algo para melhorar, mas não tomam iniciativa) e na burocracia (14% não agem mesmo podendo).

Nas operações logísticas, metade dos entrevistados diz que nada fazem a respeito, apesar de 12% destes acreditarem que podem implementar soluções alternativas.

Segundo os cálculos dos pesquisadores diante da lucratividade média informada pelas empresas, as chances de melhorar esses resultados aumentariam em 53% se elas adotassem medidas para combater pelos menos os quatro principais gargalos apontados pelos próprios exportadores: baixa frequência das rotas internacionais; roubo e avaria de cargas; complexidade e baixa confiabilidade do Siscomex e baixo número de operadores logísticos capacitados.

“Fica claro que, se os exportadores tomarem uma atitude pró-ativa de conhecer bem esses gargalos e procurar alternativas, com apoio de agentes especializados, terão mais condições de reduzir os custos e aumentar os ganhos nos processos logísticos internacionais”, diz o professor Manoel Reis.

Portanto, em vez de reclamar da precariedade dos sistemas brasileiros de logística, as empresas devem, por exemplo, segundo o professor Alexandre Pignanelli, planejar os embarques de acordo com a programação das linhas marítimas ou aéreas, diminuindo os custos com estoques, ou conhecer melhor os trâmites burocráticos da Receita Federal para tirar melhor proveito de seus fluxos de cargas para outros países.

Leia mais sobre esta pesquisa na edição de maio da Revista Tecnologística.

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