Fabricante e fornecedor de soluções completas de embalagens comemora uma década no Brasil com excepcional incremento nos últimos quatro anos
A Nefab, multinacional sueca especializada no desenvolvimento e comercialização de soluções de embalagens, completa 10 anos de atividades no Brasil e divulga um crescimento de 150% nos negócios, nos últimos quatro anos. O acontecimento foi comemorado com a presença do CEO e Presidente da indústria, Stefan Ekquist, que divulgou os fatos mais notórios e confirmou que a corporação continuará sua política de expansão.
De 2003 a 2008, o grupo sueco teve uma acentuada ascensão, com a aquisição de 14 novas empresas na Europa – e já há ampliação das instalações na China e na Índia. “Até o momento estamos com unidades de produção em cerca de 20 países e presentes em cerca de 30. Onde não temos fábricas, temos parceiros”, comenta Ekquist. Segundo ele, 44% do market share da Nefab corresponde a empresas da Europa, 23% de países nórdicos, 22% da Ásia e 11% das Américas. As fábricas produzem não só embalagens, mas calços de polietileno, caixas de papelão, materiais anti-estáticos, entre outros.
Do universo de clientes da Nefab mundial, 52% são indústrias, 36% pertencem ao segmento de telecomunicações e 12% ao automotivo. Entre os principais clientes estão: Alcatel, Ericson, Motorola, Nokia, Nortel, Siemens, Daimler, Fiat, Scania, Seat, Valeo, TRW, Volkswagen, Volvo, ABB Ceva, Hohn Deere, Philips, SKF etc. “Nossa intenção agora é operar nos Estados Unidos e no México”, revela.
O mercado local
Marcelo Gaspar, presidente da empresa no país, comenta que, desde 1998, quando a Nefab escolheu o Brasil para instalar uma fábrica – no Embú (SP) –, houve uma reação positiva no mercado devido ao portfólio diversificado e completo de produtos e serviços oferecidos.
Contudo, o melhor desempenho das vendas da Nefab no país ocorreu a partir de 2004, quando a empresa decidiu prospectar novos nichos de mercado para obter um mix mais equilibrado em sua carteira. “Com essa decisão ganhamos envergadura, nossa equipe de consultores e engenheiros passou a atender demandas específicas, oferecendo soluções customizadas e completas de embalagens a nossos clientes, levando em conta todas as etapas da cadeia de suprimentos, armazenagem e embarque just in time, transporte até à entrega final”, comenta Gaspar.
Antes disso, segundo o executivo, grande parte dos negócios da empresa estava concentrada no segmento de telecomunicações, que tinha um desempenho excepcional, mas passou por uma crise em 2001. Com isso, a empresa teve que rever toda sua estratégia, abrir o raio de atuação para outros setores da economia e diversificar a carteira. “Passamos a desenvolver novos mercados, que tinham necessidade de embalagens para aplicações muito específicas, como as áreas médica e hospitalar. Esses dois segmentos contribuíram com 70% de crescimento no nosso faturamento”. Em menos de três anos a Nefab voltou a crescer.
Hoje, os novos negócios representam 15% da receita total da empresa. E os mercados mais importantes estão localizados entre os estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, onde se concentram os pólos industriais mais vigorosos do país e que já têm maior consciência da importância da embalagem adequada no processo produtivo e na preservação dos produtos.
Os setores que demandam embalagens mais sofisticadas e seguras são os produtos de alto valor agregado, os sensíveis, como itens de telecomunicações, informática e os automotivos. “Acredito que as deficiências de infra-estrutura tendem a estimular a necessidade das empresas de investirem em embalagens mais reforçadas e de melhor construção”, comenta Gaspar. Hoje, de 60% a 65% do que a fabricante produz é integrado à cadeia de suprimentos das indústrias, enquanto o restante tem fins diversos.
Como a Nefab é uma empresa global, todas as inovações e desenvolvimentos são compartilhados entre suas unidades. No ano de 2005, a unidade brasileira iniciou suas exportações para a América do Sul, especialmente para a Colômbia. A empresa fabrica hoje cerca de 200 tipos de embalagens, incluindo peças acessórias de proteção (de vários materiais), cartões corrugados, paletes, contêineres e racks entre outros. O principal insumo, o compensado naval, é sempre adquirido de madeireiras que extraem de reflorestamentos certificados. “É assim no mercado brasileiro e nos outros países. A matéria-prima usada no Brasil é local. Na Europa, a grande fornecedora é a Rússia, na Ásia é a China e na América do Norte, o Canadá”, detalha.
O carro-chefe dos produtos são as embalagens dobráveis de madeira naval, montadas sem uso de pregos ou grampos. O modelo ExPak é descartável, usado por diversos segmentos industriais para o transporte de mercadorias. Já a versão RePak é retornável, destinada ao transporte e à movimentação de produtos. Além disso, há as caixas em papelão ondulado de onda simples, dupla e tri-wall, produtos para preenchimento, travamento, amortecimento, anti-corrosão, paletes, entre outros.
Para 2009, Gaspar está cauteloso. “Levando em conta a crise, creio que deveremos crescer entre 10% e 12% no próximo ano.Os setores eletro-eletrônico e automotivo estarão mais aquecidos, até porque teremos uma parceria importante com uma montadora”, adianta, sem contar o segredo. Além disso, a empresa estará voltada para a reestruturação interna, mudança dos quadros corporativos e a criação da área de novos produtos, materiais e fornecedores.