Após alinhar sua estrutura em unidades de negócios, a TAM Linhas Aéreas adotou nova denominação para sua divisão de cargas e já comemora os resultados da receita internacional.
Segundo Marcelo Rodrigues, diretor da TAM Cargo, o novo nome foi escolhido em função de uma nova postura que está sendo adotada no mercado que segue um modelo diferenciado, distinguindo a atividade da companhia de congêneres que atuam com cargueiros puros. “Não queremos disputar espaço em grandes empresas, como outras já fazem. Nossa estratégia é a da especialização e da implantação de uma gestão de gerenciamento, com a adoção de sistemas de última geração”, explica.
Na verdade, o que a empresa pretende é crescer de modo sustentável e contínuo, como já vem ocorrendo desde 2004, quando a empresa alcançou um faturamento de R$ 307 milhões, até atingir R$ 777 milhões em 2007 – 60% a mais do que em 2006 e o triplo da receita, se comparado a 2003, quando os negócios começaram a ganhar corpo. Com este resultado a TAM Cargo passou a representar 9,2% do faturamento total da companhia aérea, que atingiu R$ 8,5 bilhões no ano passado.
Somente as cargas destinadas ao mercado internacional somaram negócios de R$ 416,7 milhões em 2007, um aumento de 153% comparado a 2006 – 54% da receita gerada na unidade de cargas. “No mercado doméstico a receita subiu 11,9% e totalizou R$ 360,1”, comenta o executivo.
A estratégia da empresa não é a de investir no momento em cargueiros puros, mas de aproveitar os espaços nos porões de suas aeronaves que contam hoje com 700 vôos diários domésticos e internacionais. Em suas rotas a companhia transporta malotes, pequenas encomendas, documentos, confecções, calçados, produtos farmacêuticos, eletroeletrônicos e até mesmo perecíveis, como pescados para alguns destinos.
A frota de 110 aeronaves possui capacidade total de cargas de importação e importação (Brasil/Exterior/Brasil) é de 440 toneladas por dia. O maior mercado é o europeu que concentra um volume de 228 t; seguido dos EUA, com 160 t; e o Mercosul que movimenta as 52 t restantes.
Para dar conta do incremento dos últimos três anos, a TAM Cargo investirá neste ano ainda R$ 22 milhões em infra-estrutura, contemplando terminais de cargas em todo o país e mais R$ 8 milhões em sistemas operacionais – já está sendo desenvolvido pela Sabre o sistema Cargo Spot, que se prestará a atender a todos os mercados. “O varejo representa 70% de toda a movimentação”. E, quem sabe, para 2009, a empresa poderá investir em cargueiros puros em rotas de grande movimentação.