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Célere surge para “arrumar a casa” do cliente

Por Redação em 15 de agosto de 2006 às 15h03 (atualizado em 28/04/2011 às 10h01)

Empresa de intralogística do grupo da Movicarga apresenta seus serviços e um case

Aproveitando o segundo dia do Fórum Internacional de Logística do CEL/Coppead, a Movicarga apresentou seu mais novo negócio, desvinculado da área de terceirização de empilhadeiras e voltado ao planejamento e gerenciamento da intralogística: a Célere, também pertencente ao grupo Pirangy. Neste segundo dia do Fórum, foi apresentado um business case da Suzano Papel e Celulose, que terceirizou 100% da logística interna de suas fábricas com a Célere.

De acordo com Miriam Korn, diretora-executiva da Célere, a empresa surgiu de uma necessidade do mercado detectada pela Movicarga e posteriormente confirmada por uma pesquisa realizada em 2004, com empresas não-clientes em sua maioria. Este estudo demonstrou que, enquanto as áreas de transporte, previsão e gestão de estoques, por exemplo, recebiam muita atenção por parte das empresas, com prioridade na terceirização, o mesmo não ocorria com a intralogística – que compreende desde o recebimento de matérias-primas dos fornecedores, planejamento de layout e de fluxo de processos dentro das plantas, avaliação de utilização de equipamentos, gestão e movimentação do produto acabado, até a expedição, contemplando todas as etapas.

“Vimos que a logística de movimentação interna era uma atividade distinta e que precisava de uma outra estrutura e planejamento. Atender a toda a supply chain é complexo, então resolvemos dar um zoom neste segmento, agregando nossa experiência na movimentação interna à necessidade detectada no mercado nesta área”, explica Miriam. “Estamos agora trazendo este conceito, que já existe lá fora, para as empresas brasileiras”.

Ela continua dizendo que, apesar de não representar os maiores custos logísticos dentro de uma empresa, a intralogística pode ter reflexos em todo o supply chain, podendo, assim, ajudar a reduzir custos em outras áreas. “Um exemplo típico é o transporte. Uma expedição mal feita pode comprometer a produtividade no transporte, atrasar entregas ou gerar custos de reentregas. Então, apesar de nosso trabalho ir apenas até a expedição, ele tem reflexos nos custos de transportes”.

Miriam Korn acredita que, justamente por representar uma parte menor dos custos logísticos, a intralogística ficou relegada dentro dos projetos de melhoria da cadeia, mas pode ter reflexos maiores. “É comum começarmos um projeto com poucas melhorias a princípio, que depois se revelam muito maiores, pois têm interface reflexos em outros elos da supply chain”.

Da mesma forma, a empresa trabalha com o planejamento de todos os fluxos e necessidades de forma a reduzir movimentos improdutivos, abastecer corretamente linhas de produção, otimizar a utilização de equipamentos e mão-de-obra e reorganizar  a armazenagem de produtos acabados e embarques.

A essência, segundo a executiva, é a área de projetos, seguida da implementação e dos processos de melhoria contínua. “Isto é fundamental, porque nossa remuneração também depende das reduções de custo e aumento de nível de serviço que trouxermos para os clientes”. Os contratos da Célere podem ser fixos ou mistos, com remuneração fixa mais a variação do volume e uma bonificação pelas melhorias obtidas. Isto varia de cliente a cliente.

Não ter projetos “de prateleira” é uma característica importante da Célere, que foi inclusive detectada como um dos atributos que os clientes buscavam num parceiro da intralogística. “Nossa atuação é sempre projeto a projeto. Entramos no cliente, analisamos seus processos, seu modus operandi e discutimos com ele suas metas. A partir daí fazemos um projeto totalmente customizado para ele”, ressalta Miriam Korn.

A criação da nova empresa levou 14 meses de estudos, e a Célere tem por característica não ter ativos, podendo contratar ou não equipamentos da Movicarga. “São dois negócios distintos, tanto que são geridos de forma distinta e por pessoas diferentes. Claro que há uma sinergia, principalmente na parte financeira, mas projetos e operações são separados”. Para a nova empresa já foram contratadas 460 novas pessoas, na maioria da área operacional, sendo cerca de 10% de gerência e projetos.

Visão estratégica

Um dos primeiros projetos da Célere, que foi apresentado no Fórum do CEL/Coppead, foi com a Suzano Papel e Celulose, que terceirizou 100% das atividades logísticas de suas três unidades fabris, localizadas em Suzano e Rio Verde (SP) e Mucuri (BA).

Antes da mudança, parte das operações logísticas da Suzano era própria e parte terceirizada, com parceiros diferentes. Isto trazia falta de integração e de visão integrada da logística interna, com dificuldade de se enxergar as sinergias e com custos crescentes.

A opção de contratar um único operador começou em 1999, ainda com a Movicarga, e envolveu revisão geral dos procedimentos, desde o layout até a criação de rituais de segurança e troca de turnos. Algumas mudanças foram no novo desenho do armazém, com aumento de capacidade de armazenagem em torno de 20%, maior eficiência na utilização de máquinas e redimensionamento na expedição, com ganho de 36% de espaço para produtos acabados. O número de janelas de carregamento na expedição foi ampliado de uma para duas, o que envolveu estudo com a programação de vendas e malha de clientes, gerando, entre outros benefícios, redução de 75% nas horas extras.

Outros benefícios obtidos foram a redução de 8% no custo de movimentação interna e aumento de 18% em toneladas carregadas por equipamento, mesmo com redução do número de empilhadeiras de 91 para 82, com redução de 40% da ociosidade em alguns casos.

“Nosso foco anteriormente era muito operacional, sem visão gerencial e da cadeia como um todo”, explica João Mário Lourenço, diretor de Logística e competitividade da Suzano Papel e Celulose.

No caso da Suzano, foi utilizado o sistema de WMS do SAP do cliente, por uma escolha da própria Suzano. Mas a Célere trabalha com licenças próprias de WMS e outros sistemas próprios, disponibilizando-os para os clientes apenas com os custos de customização e integração.

Leia mais sobre a Célere e o case da Suzano na edição de setembro da revista Tecnologística

www.celerelog.com.br

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