A democratização da inovação, aliada à necessidade de romper barreiras e mudar a cultura das empresas para que estejam abertas às novas ferramentas e soluções propostas ao mercado esteve no centro dos debates no evento Inovação e Novas Tecnologias no Mundo da Logística, realizado virtualmente pela Associação Brasileira dos Operadores Logísticos (Abol) na última semana.
A abertura ficou por conta da diretora executiva da associação, Marcella Cunha. Ela deixou clara a essencialidade dos operadores logísticos que, apesar de terem ganhado os holofotes durante a crise sanitária, seguem invisíveis aos consumidores. “Eles se esquecem ou sequer têm consciência de que dependem diretamente dos operadores logísticos para terem seu abastecimento garantido”, explica Marcella, destacando que uma das principais missões da Abol é mudar essa visão da atividade no Brasil.
Em seguida, o presidente do conselho da Abol, Maurício Barros, destacou como as empresas têm enfrentado de cabeça erguida os diversos obstáculos impostos à cadeia logística, fazendo o que podem para manter os negócios saudáveis e a população como um todo abastecida, sendo inovação e tecnologia fundamentais para garantir eficiência e efetividade.
No primeiro painel, BBM, UPS, DHL e Santos Brasil falaram sobre a relevância das startups para enfrentarem o atual processo de transformação do setor, por meio de soluções para uma prestação de serviço mais eficiente ao cliente. No entanto, para aqueles que atrelam inovação a tecnologia, fizeram questão de lembrar que nem sempre uma depende da outra. A inovação está intimamente ligada à experimentação em áreas diferentes dentro da companhia.
Os três painéis seguintes trouxeram startups e logtechs que apresentaram suas soluções para agilizar e facilitar o dia a dia dos operadores logísticos. Para finalizar, o CEO da Inova Trends, Luis Rasquilha, foi enfático ao falar de presente, passado e futuro na palestra Building the Future - Cenários 2030. Segundo o especialista, o conceito mais importante da gestão para os próximos dez anos é unir agilidade e ambidestria. Isso significa se adaptar ao cenário atual e ao mesmo tempo antecipar o futuro. Ele também ressaltou os quatro pilares da gestão: pessoas, tecnologias, informação e plataforma/ ecossistema.