Com previsão de inauguração em junho, o Aeroporto Business Park terá 400 mil m2 de armazéns construídos em uma área com mais de um milhão de m²
No grande filão dos condomínios logísticos para locação, alguns empreendimentos se destacam pela infraestrutura, outros pela localização privilegiada ou, ainda, pelos serviços oferecidos. Poucos, no entanto, conseguem agregar todas essas características. Essa foi a intenção das empresas Pangea e GB Armazéns quando se uniram para lançar o Aeroporto Business Park, no Rio de Janeiro (RJ). Com previsão de inauguração no próximo mês de junho, o empreendimento está sendo construído no entroncamento das avenidas Washington Luiz, Brasil e Linha Vermelha, importante eixo rodoviário do Rio, e impressiona também pelas dimensões: são 400 mil m2 de galpões construídos em uma área totalmente plana de aproximadamente um milhão de m2.
A escolha do local – a apenas sete km do aeroporto internacional, 11 km do Porto do Rio de Janeiro e 16 km do aeroporto Santos Dumont – foi um item de destaque no planejamento estratégico das empresas para construção do empreendimento, não apenas pela localização, mas também pela escassez de terrenos grandes e, principalmente, planos na cidade do Rio. A área, que também faz divisa com um canal da Baía de Guanabara, foi “amor à primeira vista” para Gilberto André Buffara, diretor da GB Armazéns e sócio do empreendimento. “Levamos mais de um ano para negociar o terreno, mas valeu a pena, pois o potencial logístico multimodal da área é incrível e único aqui no Rio”, ressalta.
A proximidade com os centros de distribuição de importantes empresas foi outro fator importante para a decisão. “A localização permite que os clientes evitem o tráfego de veículos pesados na região metropolitana, em ruas impróprias à sua circulação, além de proporcionar maior economia nas operações logísticas”, frisa, acrescentando que o Business Park fica também a poucos metros da Dutra e é o único com acesso pela Linha Vermelha.
Na opinião de Buffara, o momento político/econômico pelo qual a cidade vem passando também está bastante propício para os negócios. “Além do bom alinhamento entre os poderes estadual, municipal e federal, hoje o Rio de Janeiro é a estrela de investimentos públicos e privados em indústrias e infraestrutura, que terão impactos diretos no setor logístico”, diz. O executivo tem razão, uma vez que a cidade deverá receber mais de R$ 100 bilhões de investimentos em novas indústrias e mais R$ 22 bilhões para a organização dos Jogos Olímpicos de 2016. Ressaltem-se ainda, as perspectivas com o pré-sal. Até 2011, o segmento de exploração e produção de petróleo e gás deverá receber investimentos que somarão mais de R$ 56 bilhões. “Inclusive, muitas empresas de operações off-shore interessadas em se instalar no local têm procurado pelo empreendimento”, complementa Buffara.
Infraestrutura e segurança
A primeira fase do projeto do Aeroporto Business Park integra módulos de cross-docking com 612,5 ou 857,5 m2 de área mínima, com pé direito de 8 m a 10 m livres, respectivamente; porém, os galpões são modulares, para ampliar o espaço e atender às necessidades específicas de cada cliente de forma praticamente personalizada. “Temos possibilidade de construir, sob demanda, um bloco único com até 200 mil m2 de área”, detalha Leonardo de Queiroz, engenheiro responsável pela obra.
Ao todo, o empreendimento exigirá investimentos em torno de R$ 700 milhões. “Nosso cross-docking de 40 metros tem uma doca para cada 87,5 m² e o de 60 metros, tem uma doca para cada 122,5 m². É o empreendimento com mais doca por metro quadrado de armazéns da categoria”, salienta o engenheiro.
A expectativa é atrair grandes empresas, operadores logísticos, transportadoras e varejistas. Muitas delas, aliás, já são clientes da GB e da Pangea, como Elma Chips, Luft, Natura, Ramos, Rapidão Cometa e TNT Mercúrio, entre outras.
Outra característica que merece destaque é a segurança. Aliás, na opinião de Buffara, o conceito de condomínios logísticos ganhou força, especialmente no Rio, devido à necessidade de proporcionar segurança para os operadores logísticos. “Com o advento dos condomínios, os transportadores passaram a dispor de infraestrutura no entroncamento das grandes rodovias, com possibilidade de realizar as operações de carga e descarga em local fechado”, lembra.
Segundo ele, a própria localização dos condomínios, geralmente em eixos rodoviários, é favorecida nesse sentido, uma vez que os caminhões não param em sinais de trânsito e não trafegam em vias secundárias, onde existe elevado índice de roubo de cargas. “As transportadoras e operadores logísticos, principalmente os que operam com produtos de alto valor agregado, buscam no mercado armazéns com alto rigor de segurança. Para atender a essa demanda, investimos na completa infraestrutura do Aeroporto Business Park, que conta com sistema de segurança envolvendo guarita blindada, seguranças armados, sistema de eclusas com dilacerador de pneus e circuito fechado de monitoramento de TV”, enumera. O diretor lembra, ainda, a vantagem da economia, uma vez que o nível de segurança é alto, mas o custo para desfrutar desse benefício é baixo, pois o valor é compartilhado por todas as empresas que operam no local. “Devido à escala, provavelmente teremos o custo condominial mais baixo da região”, completa.
Também já está projetada para o empreendimento uma ampla praça de conveniência onde serão instalados restaurantes, cafeteria, agências bancárias, caixas eletrônicos e outros serviços. “Afinal, apesar de o empreendimento estar próximo ao centro urbano, é preciso facilitar a rotina dos colaboradores que atuarão ali”, lembra Queiroz, que também foi responsável pelo conceito ecológico do Business Park, que inclui projeto de reutilização da água da chuva e coleta seletiva de lixo, entre outras medidas ambientalmente corretas.
As perspectivas de negócios são excelentes, tanto que a primeira fase, de 40 mil m2, já está 60% locada. “A procura pelo empreendimento tem sido tão grande que, provavelmente, construiremos mais 60 mil m² ainda este ano”, comemora.