Com término previsto para maio, a obra é a primeira do setor a receber o selo Leed, concedido por conselho americano de construção sustentável
Está em construção em Jundiaí (SP) o primeiro condomínio logístico brasileiro a receber o certificado Leed, concedido pelo United States Green Building Council. Com previsão de término para maio próximo, a obra tem cerca de quarenta mil metros quadrados divididos em 21 módulos – treze deles com 1.800 metros quadrados cada e outros oito com 2.000 metros quadrados – e consumiu R$ 55 milhões em investimentos. “Nossa iniciativa corresponde à tendência mundial de cadeias de suprimento cada vez mais verdes, da produção ao consumidor final, passando por transporte e armazenagem”, justifica Guilherme Rossi, presidente da GR Properties, incorporadora que concebeu o empreendimento.
O processo de obtenção do selo Leed – Leadership in Energy and Environmental Design, na sigla em inglês – começa antes da construção propriamente dita, já na confecção do projeto. Na prática, o certificado é um sistema de classificação de edificações com base em critérios de sustentabilidade ambiental. A cada uma das quatro categorias de certificação (Certificado, Prata, Ouro e Platina) corresponde um número de pontos que o candidato ao selo tem de acumular, e cada pré-requisito conta um número de pontos. “Obedecemos uma lista com sete pré-requisitos só para o projeto, como a prevenção de poluição no local, a redução de 20% no consumo médio de água, empregando pias com menor vazão e utilizando um sistema duplo de descarga, por exemplo”, explica o executivo, informando que a GR Properties contou com uma consultoria especializada para isso. “Outras tantas exigências foram cumpridas no tocante à obra, como a gestão de resíduos toda documentada, com fotos e provas do destino dado ao entulho, que deve ser depositado em aterros sanitários autorizados pela Cetesb”, completa Rossi.
A construção do GR Jundiaí está, ainda, pela metade, mas a expectativa do executivo para o empreendimento é grande. “Nós já estamos com quinze mil metros quadrados praticamente já fechados, mas a projeção é de estarmos com 100% de ocupação em quatro meses, quando a obra estiver pronta”, afirma. Entre os motivos que Rossi acredita que possam contribuir com o sucesso do investimento, estão a localização e a versatilidade. “O condomínio fica em uma região bastante produtiva e é próximo ao Rodoanel. E, além de se voltar principalmente para operadores logísticos, distribuidoras e transportadoras, seus módulos têm potencial para atender também às indústrias leves”, aposta.