Unidade de carga da companhia aérea saiu do papel em pouco mais de quatro meses e será implementada nos demais pontos da malha em etapas
“Voamos há seis meses e já batemos recordes, tendo transportado um milhão de passageiros no país. É com essa mesma disposição que nós inauguramos a Azul Cargo”, garante o comandante Miguel Dau, vice-presidente Técnico Operacional da Azul Linhas Aéreas Brasileiras, a quem a nova unidade de negócios está subordinada. O projeto, que começou a ser gestado em abril, saiu do papel em menos de cinco meses e estreia agora em quatro municípios do país, mas será implementado gradativamente em toda a malha da companhia até o fim do ano. “Nós estamos inteiramente comprometidos com a nova atividade, que até começa de forma tímida, mas que nós vislumbramos como um negócio forte e promissor”, aposta Dau.
Por enquanto, a Azul Cargo oferece a entrega de encomendas expressas de até 30 kg por volume entre os aeroportos de Fortaleza, Recife, Salvador e Viracopos, em Campinas (SP), único local em que a empresa tem um terminal próprio. Nas demais cidades, a cobertura se dá através de parcerias com agente exclusivos, que precisam atender a uma série de requisitos em termos de pontualidade e qualidade no atendimento, alinhando seu serviço ao da companhia. “A avaliação desses potenciais parceiros é muito criteriosa, e é por isso que alguns municípios demoram mais do que outros para estarem aptos a operar”, justifica o executivo.
Segundo Maria Fan, gerente da nova unidade de negócios, o cronograma para estreia do serviço nas próximas cidades é o seguinte: Curitiba, Maringá (PR), Navegantes (SC) e Porto Alegre começam em setembro; Vitória, Manaus, Campo Grande e Belo Horizonte em outubro. “O início da operação no Rio de Janeiro está previsto para novembro ou dezembro, no máximo. Mas dependemos da agilidade das obras na pista principal do Aeroporto Santos Dumont”, explica a executiva. Fan informa ainda que a expectativa da Azul Cargo é oferecer coleta domiciliar e entrega no formato porta-a-porta já em outubro e, para isso, a empresa está se preparando para abrir lojas próprias nas cidades do interior de São Paulo.
A princípio a Azul Cargo usa o espaço ocioso nos porões das aeronaves Embraer que servem ao transporte de passageiros da companhia. “Teremos cerca de 800 kg disponíveis para carga em cada voo, mas o sonho é que nós precisemos comprar aviões cargueiros para dar conta da demanda”, projeta o comandante Dau, completando que a empresa tem estrutura para tal e está disposta a isso. Pedro Janot, presidente Executivo da companhia, estima que a nova unidade deverá corresponder a 8% dos negócios da Azul ao final do primeiro ano de operações. “Acreditamos que em breve teremos 10 toneladas diárias de carga transitando em Campinas diariamente”, projeta Flávio Costa, diretor de Logística da aérea.