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Deicmar reformula estrutura operacional

Por Redação em 15 de janeiro de 2008 às 15h06 (atualizado em 20/04/2011 às 16h04)

Empresa cria Divisões de Terminais e de Serviços para dar mais foco a cada área

Após dois anos de estudos e planejamento, a Deicmar anunciou ao mercado, no último mês de outubro, a criação de duas grandes divisões de negócios. Antes operando em sinergia, terminais e serviços passam agora a operar de maneira independente. Divisão de Terminais e Divisão de Serviços são as nomenclaturas utilizadas para o início das atividades. Segundo o diretor da Deicmar, Gérson Foratto, a decisão de segmentar tem como meta ter mais foco nas ações em cada uma das áreas.

O executivo conta que a Deicmar surgiu como um prestador de serviços de despacho aduaneiro. Com o tempo, contudo, as operações nos terminais ganharam espaço na organização, fazendo com que o desenvolvimento da área de serviços fosse lento. Foratto explica o porquê da separação. “As estruturas deveriam ser independentes, pois são focos de negócios independentes. Para trabalhar com serviços logísticos, atendendo ao cliente de maneira mais ampla, tínhamos que desprender os serviços da área de terminais”, constata. A teoria tem uma explicação. Para o executivo, a segregação é importante, pois em certos momentos a estrutura de terminais da Deicmar não é a mais indicada para as empresas contratantes dos serviços da organização.

Serviços

Para oferecer serviços de qualidade foi preciso investir. O diretor calcula que R$ 5 milhões foram destinados à área de tecnologia e R$ 500 mil serão aplicados ao longo de três anos no treinamento e capacitação da mão-de-obra. Entre as novidades, destaque para a implantação do e-gerenciador – solução que possibilita aos clientes acompanhar, em tempo real, todos os seus processos.

Atualmente, o portfólio da companhia na Divisão Serviços é composto por 120 clientes que, ao final de 2007, devem gerar 25 mil processos. Foratto conta que, em 50 desses parceiros, em 50 a Deicmar realiza a operação completa – desde a coleta na empresa até a entrega no cliente final.

O diretor lembra que anteriormente a área de serviços estava centrada no despacho aduaneiro e no transporte rodoviário de carga. “Agora, entendemos que apenas essas duas atividades não agregam valor ao cliente, precisamos de soluções integrais que abracem a cadeia como um todo”, salienta. “Decidimos voltar a atacar o mercado de frete internacional e, a partir daí, apresentar uma solução logística específica para cada cliente”, define.

Para dar suporte às ações, as estruturas operacionais mereceram atenção. Hoje, na área de serviços, existem unidades dedicadas nos Aeroportos de Guarulhos e Viracopos (SP), além de escritórios em São Paulo, Paranaguá (PR) e Santos (SP). Ao todo, 120 funcionários operam na área de serviços da Deicmar.

Os números para o segmento são otimistas e, para obter os índices esperados, o foco são as pequenas e médias indústrias. “Nossa previsão é faturar R$ 100 milhões em 2007, com a área de serviços representando 30% deste total. A meta em três anos é ter o faturamento dividido em partes iguais”, destaca. Para 2008, a expectativa é faturar R$ 120 milhões, crescimento de 40%.

Terminais

Foratto explica que a companhia continuará no segmento de terminais. Hoje, a organização conta com quatro instalações – três em Santos e uma em Guarulhos, num total de 300 mil m2 e 400 funcionários. “Atendemos a todos os integrantes da cadeia logística e, neste cenário, é fundamental termos atividades dedicadas. Queremos interagir melhor com essa pluralidade de parceiros que existe neste negócio”, afirma.

A segregação também traz vantagens para a atividade. “O grande benefício da separação é a possibilidade de discutir as tarifas praticadas. Além disso, a área de terminais enxergará a de serviços como cliente”, resume.

Um fator, entretanto, merece a atenção do diretor. Segundo ele, em 2008 a Deicmar deverá alcançar quase que a totalidade de sua capacidade operacional na área de terminais. “Estas estruturas têm uma limitação física, por isso estamos buscando expandir nossas operações nesta área”, resume. Hoje, 700 clientes utilizam os terminais da Deicmar e a expectativa era fechar o ano de 2007 com um total de 250 mil TEUs movimentados.

Já estão previstos investimentos neste setor também. Em Santos, por exemplo, a empresa trabalha para obter a licença ambiental a fim de aumentar a área de armazenagem do terminal, passando dos atuais 75 mil m2 para 140 mil m2. “Nossa estimativa é de que a licença seja concedida no início de 2009. Esta ampliação, orçada em R$ 70 milhões, deve ser concluída em 2010”, prevê.

Foratto revela que a empresa tem ainda a intenção de construir, em Campinas, num empreendimento de R$ 10 milhões, um terminal de exportação. “Se houver demanda, em 2008 construiremos essa estrutura numa área de 50 mil m2, sendo cinco mil m2 de área de armazenagem”, conta. Hoje, a demanda de Campinas é atendida por Guarulhos e Santos.

Algumas peculiaridades condicionam o empreendimento. Foratto explica que, se a legislação permitisse a abertura de um Clia (Centro Logístico Industrial Aduaneiro), por exemplo, este terminal já estaria operando. “Sem isso, ficaremos restritos à exportação e a atividade hoje está nas mãos de determinados players. Teríamos que entrar numa briga de redução de tarifas”, frisa. Além disso, continua, o preço do dólar, hoje, não é atrativo para exportar. Apesar dos entraves, a região é estratégica para a empresa, uma vez que representa 40% do faturamento. “Montaremos terminais onde for conveniente”, resume.

www.deicmar.com.br

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