A Randon, empresa fabricante de implementos rodoviários, divulgou neste mês de março o balanço do ano passado. A receita bruta total, com impostos e antes da consolidação, atingiu R$ 1,1 bilhão no quarto trimestre de 2015, índice 16,5% inferior ao mesmo período do ano anterior, com R$ 1,3 bilhão. No comparativo dos doze meses de 2015 com 2014, houve redução de 22,4% na receita bruta, totalizando R$ 4,2 bilhões no ano passado.
A receita líquida consolidada somou, no quarto trimestre de 2015, R$ 814,9 milhões, 10,6% menor do que nos três últimos meses de 2014. No acumulado de 2015, a receita líquida teve redução de 18% quando comparada com o ano anterior, passando de R$ 3,8 bilhões para R$ 3,1 bilhões.
O lucro bruto totalizou R$ 159,1 milhões no quarto trimestre de 2015 e representou 19,5% da receita líquida consolidada, tendo redução de 26,2%, em relação ao quarto trimestre de 2014, quando atingiu R$ 215,6 milhões – 23,6% da receita líquida consolidada. No comparativo anual, o lucro bruto diminuiu 32%, passando de R$ 943 milhões, ou 25% sobre a receita líquida de 2014, para R$ 640,9 milhões, 20,7% sobre a receita líquida de 2015.
As vendas consolidadas para o mercado externo totalizaram US$ 36,8 milhões no quarto trimestre, queda de 8% em relação ao mesmo período de 2014. Em 2015, as exportações caíram 17,4%, atingindo US$ 158,2 milhões. Embora a taxa do dólar esteja atrativa para exportações, as crises econômicas nos países dependentes de petróleo e demais commodities têm dificultado o aumento das vendas para o mercado externo.
Nas operações instaladas no exterior a receita bruta total, sem eliminações das vendas entre as empresas em 2015, totalizou US$ 142,8 milhões ante os US$ 117,4 milhões em 2014. O total entre a soma das exportações e das receitas geradas no exterior foi de US$ 301 milhões em 2015, 2,6% menor do que em 2014, com US$ 309 milhões.
A redução nas vendas de caminhões em 2015 levaram a empresa a quedas em seus indicadores de resultado. “A crise de confiança instalada no país tem sido determinante para que a economia continue em recessão e reforce os fracos volumes de vendas e produção”, analisa o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Randon, Geraldo Santa Catharina.
Segundo ele, a já fragilizada demanda por veículos comerciais foi ainda mais prejudicada com a decisão do governo de antecipar a suspensão do Finame PSI (Programa de Sustentação do Investimento) no fim de outubro. “A busca das montadoras pelo ajuste nos níveis dos estoques de seus pátios e dos seus concessionários derrubou os volumes de produção”, completa o executivo.