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Queda na venda de implementos no primeiro quadrimestre

Retração computada de janeiro a abril deste ano foi de 9,1%, segundo dados da Anfir
Por Redação em 8 de maio de 2014 às 12h50

A Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir) divulga que as vendas de equipamentos – leves e pesados – sofreram retração de 9,1% nos quatro primeiros meses do ano. De acordo com o presidente da entidade, Alcides Braga, não há sinal que indique a retomada do ritmo da economia e isso preocupa o setor.

No setor leve (carroceria sobre chassis) a queda foi de 8,6%, com 30.720 unidades comercializadas de janeiro a abril, enquanto no segmento pesado (reboques e semirreboques) a queda no período foi de 9,9%, com vendas de 18.965 implementos.

Segundo Braga, a entidade observa, ainda, a queda nas compras da indústria de bens de capital. O setor, assim como o que produz implementos rodoviários, também um bem de capital, depende integralmente do financiamento concedido no âmbito do PSI/Finame do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em março a entidade registrou queda no volume de pedidos. As operações via Finame em março ficaram na média de 20 por dia, enquanto em outros meses o número de operações diárias passou de 500.

Bens de capital é uma categoria que abrange máquinas que fabricam produtos variados e caminhões que, junto com implementos rodoviários, são responsáveis pelo transporte da maior parte das mercadorias. “A queda nos pedidos nesses setores sinaliza redução de atividade econômica e afeta diretamente a indústria de implementos rodoviários”, diz.

Outro fator que preocupa o setor produtor de implementos rodoviários é a perspectiva de alta dos chamados preços administrados, aqueles que têm interferência do governo, como gasolina e energia elétrica, por exemplo. O diretor-executivo da Anfir, Mario Rinaldi, explica que são insumos fundamentais para movimentar a economia e qualquer alteração em seu valor acaba sendo repassada, atingindo desde clientes corporativos até o consumidor final. “O reflexo na atividade econômica é inevitável e não desejável”, afirma.

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