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Antaq divulga desempenho das operações portuárias

Nos três primeiros meses de 2013 foram movimentadas 204,7 milhões de toneladas nos portos públicos e terminais privados
Por Redação em 15 de julho de 2013 às 12h43

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) informa que a movimentação de carga no conjunto das instalações portuárias brasileiras – portos públicos e terminais privados – caiu 0,5% no 1º trimestre de 2013, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Nos três primeiros meses deste ano, foram movimentadas 204,7 milhões de toneladas, contra 205,7 milhões em igual período do ano anterior.

Na análise por natureza da carga, a movimentação de granéis sólidos alcançou a marca de 120,2 milhões de t, crescimento de 0,8% em relação ao mesmo período de 2012; a de granéis líquidos, 52,1 milhões de t, 5% inferior ao montante movimentado no mesmo do ano anterior e a de carga geral (carga geral solta e carga geral conteinerizada), 32,4 milhões de t, aumento de 2,3%.

A movimentação de contêineres sofreu uma redução de 0,82% em relação ao 1º trimestre de 2012. Ao todo, foram movimentados 1,9 milhão de TEUs. Em termos de peso bruto, a movimentação de contêineres atingiu a marca de 20,9 milhões de t, 3,52% superior à observada no mesmo período do ano anterior.

Entre os principais grupos de mercadorias movimentadas, os que tiveram maior crescimento nos três primeiros meses de 2013 foram: milho (298,3%), o açúcar (63,5%) e fertilizantes (22,1%). Entre as variações negativas destacaram-se a soja (-25,4%), bauxita (-5,7%), combustíveis e óleos minerais (-5,1%) e minério de ferro (-2,2%). A expressiva queda apresentada na movimentação de soja é atribuída pelos analistas à alta dos custos logísticos do país.

Na análise por tipo de instalação, os portos organizados apresentaram um crescimento na movimentação de 0,8%, em comparação ao 1º trimestre de 2012, enquanto os terminais privados tiveram uma redução de 1,2% no período. No primeiro trimestre de 2013, os portos públicos movimentaram 71,3 milhões de t, enquanto os terminais privados movimentaram cerca de 133 milhões de t.

A explicação sobre essa performance do setor portuário brasileiro no primeiro trimestre de 2013 está, segundo a Antaq, na conjuntura econômica externa desfavorável e o baixo desempenho da economia nacional. Para o gerente de Estudos e Desempenho Portuário da Agência, Fernando Serra, o crescimento de apenas 1,9% do PIB em relação ao mesmo trimestre de 2012 e o déficit de US$ 5,1 bilhões na balança comercial brasileira contribuíram, em grande medida, para a queda da movimentação portuária em cerca de 1 milhão de t no período.

Instalações

Embora os portos organizados tenham apresentado um melhor desempenho em termos da tonelagem movimentada, os terminais privados mantêm-se como os principais responsáveis pela tonelagem de cargas movimentadas no Brasil.

No primeiro trimestre de 2013, 65,1% da movimentação se deu por intermédio de terminais privados, enquanto que os outros 34,8% deveram-se a operações em portos organizados. O desempenho é explicado pela forte participação do minério de ferro e de combustíveis, óleos minerais e outros derivados do petróleo na movimentação desses terminais.

No maior porto do país, Santos (SP), os destaques, no 1º trimestre de 2013, foram as movimentações de açúcar e milho, que apresentaram, respectivamente, crescimento de 118,2% e 769,4% em relação a igual período de 2012. Já os portos de Itaguaí (RJ) e Paranaguá (PR) – segundo e terceiro no ranking de movimentação dos portos nacionais – apresentaram queda na sua movimentação de, respectivamente, 22,3% e 0,2% em relação ao mesmo período de 2012. “No caso do Porto de Itaguaí, a queda deveu-se, em boa parte, à redução acentuada da movimentação de minério de ferro, em cerca de 3,3 milhões de toneladas”, explica Serra.

Navegação

A movimentação de cargas na navegação de longo curso foi responsável por 71,9% do total, no período. A navegação de cabotagem por 24,2% e a navegação interior por 3,6%. Outros tipos de navegação (apoio portuário e marítimo) responderam com, aproximadamente, 0,3% do total.

Entre as modalidades de navegação a que apresentou o desempenho mais expressivo foi a navegação interior, com crescimento de 3,6%. As navegações de longo curso e cabotagem registraram queda no período de, respectivamente 0,3% e 1,9%.

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