Setor deve encerrar o ano com faturamento de R$ 6,8 bilhões
Segundo o Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre) o ano de 2010 foi um dos melhores da história para a indústria de implementos rodoviários, tanto que a estimativa dos empresários do setor é encerrar o ano com um faturamento de R$ 6,8 bilhões, ante os R$ 5 bilhões de 2009.
O bom desempenho é creditado ao aquecimento da economia brasileira, com destaque para o agronegócio, produção agrícola, construção civil e infraestrutura. Mas fatores como IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) zero; linhas de financiamento como Finame PSI (Programa de Sustentação do Investimento) e Procaminhoneiro; além do Crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) também contribuíram positivamente para o crescimento do setor.
Em números absolutos, até o final deste mês, a produção brasileira do segmento de implementos rodoviários deverá alcançar a produção de 172 mil unidades (reboques, semirreboques e carroçarias sobre chassis) para atender os mercados interno e externo. “Alcançando essa meta, o setor estará registrando crescimento acima de 40% em relação a 2009, quando foram comercializadas 115.107 unidades”, diz Cesar Pissetti, vice-presidente da entidade.
Da produção esperada para 2010, Pissetti estima que os implementos da linha pesada deverão responder por 59.000 unidades e os da linha leve por 113.000 unidades. “O mercado interno continua sendo muito representativo para o setor. Creio que as vendas domésticas ficarão com 168 mil unidades do total emplacadas e as exportações responderão por 4.000 unidades”, explica.
Embora de uma forma geral todos os segmentos abrangidos pela entidade tenham apresentado ganhos significativos, o vice-presidente considera preocupante a situação do câmbio; que, segundo ele, está comprometendo a competitividade do País. De acordo com Pissetti as exportações estão sendo mantidas apenas para preservar a estrutura de distribuição existente.
Com capacidade instalada para fabricar cerca de 200 mil implementos por ano (65 mil da linha pesada e 135 mil da linha leve), o setor responde atualmente por 68 mil empregos diretos e indiretos. “Acredito que até 2013 estaremos com um quadro profissional da ordem de 80 mil entre diretos e indiretos”, projeta Pissetti.