O interesse do governo chinês pela modernização do Porto de Santos (SP) e Itaquira, no Maranhão, explica-se pela necessidade que o país tem de melhorar o escoamento de soja e minério de ferro – produtos agrícolas e matéria-prima, de maneira geral. Fonte: Folha de S.Paulo, 24 de maio de 2004
Só no Estado da Bahia, a China pretende investir US$ 600 milhões em dois projetos (irrigação de cana-de-açúcar). É que o Brasil fabrica álcool e biodiesel, alternativas à gasolina, com vantagens tecnológicas. Os investimentos em infra-estrutura seguiriam o modelo das Parcerias Público-Privada (PPP).
Das empresas nacionais representadas pela comitiva de empresários que acompanham a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alguns grandes negócios podem ser fechados já. É o caso da Companhia Vale do Rio Doce, que assina hoje (24/05) um acordo com a Chalco, gigante chinesa da produção de alumínio.
O negócio prevê a construção de uma fábrica de alumina (matéria-prima do metal) em Barcarena, no estado do Pará. O investimento ficará em torno de US$ 1 bilhão. Também a Petrobras deve assinar um acordo de cooperação com a estatal chinesa de petróleo, a Sinopec. No campo da agricultura, a soja brasileira é o segundo produto mais exportador para a China. São US$ 1,3 bilhão por ano.
Entre os acordos a serem assinados, além da Petrobras e da CVRD, estão empresas como Varig – acordo com a Air China, Telemar Norte Leste – com China Telecom, Comexport – contrato com a China-Brazil Investment Development & Trade para intercâmbio de carvão metalúrgico, algodão, ferro gusa e açúcar e Cosipar – China Minmetal, entre outras.