Ao todo, foram 115.107 unidades emplacadas, queda de 12,27% frente a 2008
A Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), divulgou ontem, dia 24 de fevereiro, que o mercado sofreu, em 2009, uma queda de 12,27% frente a 2008, o que resultou num faturamento de R$ 4,5 bilhões contra R$ 5,5 bilhões obtidos no ano anterior. As exportações também apresentaram queda, fechando 55,37% abaixo das realizadas durante todo o ano de 2008.
Ao todo, considerando a linha leve (carroçarias sobre chassis) e a pesada (reboques e semirreboques) as empresas do setor comercializaram 115.107 unidades. Apenas as vendas de implementos pesados somaram 40.509 equipamentos, redução de 25,65% frente aos emplacamentos efetuados em 2008. Já na linha leve a queda foi de 2,76%, com 74.598 unidades. Quanto aos envios foram 3.163 implementos embarcados, frente aos 7.087 comercializados no mercado externo de janeiro a dezembro de 2008. Para o diretor-executivo da Anfir, Mario Rinaldi, a tendência é que as exportações sejam retomadas apenas em 2012.
Desafios
Segundo o presidente da entidade, Rafael Wolf Campos, o início deste ano já marca uma pequena retomada dos negócios. Mas, o executivo explica que as empresas do segmento vêm enfrentando problemas de recebimento de financiamento. “Estamos recebendo este mês os financiamentos dos pedidos realizados nas primeiras quinzenas de novembro e dezembro do ano passado. Alguns processos de liberação estão há 90 dias parados nos agentes financeiros”, afirma. De acordo com Campos, 90% das vendas do setor são concretizadas com a utilização do Finame. A demora, diz, aumenta o custo financeiro da operação e compromete a rentabilidade das empresas.
Os reflexos já são sentidos. “Alguns associados sinalizaram até com a possibilidade de iniciar férias coletivas, pois não existe mais espaço físico para guardar produtos fabricados e vendidos e que não foram faturados”, revela. Em algumas empresas, conta Campos, há 45 dias de estoque.
Apesar do cenário atual, o presidente é otimista com relação ao desempenho para 2010. “Esperamos crescer 8% e fechar com faturamento de R$ 5,1 bilhões”, diz. Na opinião do presidente, além de resolver os problemas de recebimento de financiamento, para alcançar este crescimento é preciso que o governo Federal mantenha os incentivos. “Podemos afirmar que os juros atuais são um dos principais responsáveis pela retomada dos negócios do setor. Implemento rodoviário tem um alto valor agregado e necessita de prazo longo e taxa competitiva para viabilizar sua compra”, salienta.