A fabricante de implementos alcançou uma receita de R$ 410 milhões, o que representa crescimento de 41% sobre o ano anterior
A Guerra S.A. divulgou seu balanço de 2008 comemorando receita recorde, apesar da retração no mercado externo: foram acumulados R$ 410 milhões, o que representa crescimento da ordem de 12% frente aos R$ 365 milhões registrados em 2007. A fabricante não foi tão atingida pelos efeitos da crise, que acabou afetando também o mercado interno no último trimestre, porque vinha, desde o início do ano, focando nas vendas nacionais.
“Vínhamos operando com a capacidade produtiva em mais de 100%. Nos três últimos meses do ano, a Guerra aproveitou o momento para fazer mudanças que se faziam necessárias após a aquisição da companhia pelo Grupo Axxon, em junho, mas que antes não estavam sendo possíveis devido à alta na demanda do mercado”, explica Rodmar Cardinali, diretor-Geral da empresa, sobre as razões que levaram a empresa a mudar de estratégia.
A Guerra informa que vendeu um total de 9.194 unidades, número que inclui negócios externos e internos e todos os modelos de implemento fabricados pela empresa – em 2007, esse volume ficou em 8.274. A linha graneleira representa 58% deste total, índice que corresponde a 5.330 unidades. A soma de tanques, baús lonados e basculantes chega a cerca de 2.000 produtos, ou 22% das vendas.
Perspectivas
Apesar do desempenho histórico alcançado no ano passado, a Guerra prevê queda da ordem de 20% na receita a ser obtida em 2009, e diminuição de 30% no volume de unidades vendidas. A empresa pretende compensar a menor demanda aumentando o valor agregado dos implementos e, assim, sua rentabilidade, através de mudanças no processo produtivo. A empresa informa que, para isso, vai investir aproximadamente R$ 30 milhões em pesquisa e tecnologia – recurso que pretende adquirir junto ao Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia.