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Locar cresce com a locação e diversifica seus negócios

Por Redação em 5 de março de 2009 às 11h09 (atualizado em 05/05/2011 às 11h36)

Serviços de plataformas, gruas e marítimo foram os destaques do ano passado

O ano de 2008 foi um período de êxitos para a Locar. Logo nos cinco primeiros meses, a empresa, especializada em transportes superpesados e locação de equipamentos para içamentos de cargas horizontais e verticais por meio de guindastes e gruas, já dava sinais de que o desempenho seria surpreendente em relação a todo o exercício de 2007. E foi. A companhia cresceu 90%, consolidando uma receita operacional bruta de R$ 346 milhões.

No início do ano passado, a expectativa de Julio Eduardo Simões, presidente da empresa, era expandir os negócios de locação em 60%, atingindo um faturamento de R$ 300 milhões, além de abrir novos flancos no mercado. O incremento da empresa e o otimismo do executivo estavam relacionados com o próprio aquecimento da economia, em especial, devido ao boom da construção civil e das obras de infraestrutura por todo o país. Desde 2007, a companhia vinha crescendo devido à demanda expressiva dos setores de petróleo, petroquímico, mineração, papel e celulose, cimento e marítimo – segmentos responsáveis por 70% do faturamento da Locar. Nesse período, o faturamento foi de R$ 182 milhões.

Entre as realizações anunciadas no ano passado, destacam-se os investimentos de R$ 250 milhões na aquisição de um lote de equipamentos, entre os quais 80 guindastes (acima de 100t), 20 gruas, além de 31 cavalos mecânicos e mais 60 carretas Randon para incrementar a frota, composta atualmente por 843 equipamentos.  “Adquirimos um super guindaste com capacidade para 1.500 toneladas que desembarcou em Vitória, exigindo mais de 80 carretas pranchas para transportá-lo”. Para se ter uma idéia, o equipamento custou 12 milhões de euros (incluindo o frete) e já há uma carta de intenção assinada junto a Liebherr para a aquisição de uma máquina com capacidade para 3.000 t, com prazo de entrega previsto para 2010. “Esse modelo é para aplicação em mineração e off-shore”, explica, antevendo a movimentação que se desencadeará com a exploração da bacia petrolífera de Santos.

Quase no final do ano passado, em novembro, também foram adquiridos pela Locar, por R$ 10 milhões (valor já integrado no montante anunciado), outros tipos de equipamentos específicos, para aumentar a gama de locação de produtos. São 48 plataformas aéreas das marcas JLG e Genie, para suporte de serviços em grandes altitudes, nas versões tesoura (para movimentos verticais) e articulada (para trabalho horizontal e vertical). Vale lembrar que, no final de 2007, a empresa criou também a Divisão de Gruas – ou guindastes de torre –, com a aquisição inicial de 26 máquinas Liebherr, que foram entregues ao longo do ano passado, contribuindo para com os resultados à medida que forem incorporadas à operação.

Perspectivas

Contudo, o empresário ainda não sabe o quanto a atual crise vai atrapalhar os planos da empresa. “Minha previsão é a de que este primeiro trimestre não será produtivo porque não há como prever o tamanho do impacto em todos os segmentos”, avalia Simões. Para ele, o aumento do preço das commodities e os problemas de liquidez podem represar os projetos.

De todo modo, a Locar vai manter os planos anunciados anteriormente, sem revê-los, pelo menos até o fim de março. “Nossa expectativa é crescer 30% neste ano, em relação ao ano passado. Esperamos que o euro baixe e favoreça o recebimento de 18 equipamentos já programados no ano passado”, comenta.

Apesar do contexto mundial e da concorrência apertada, Simões aguarda a celebração de novos contratos até abril próximo, que exigirão a aquisição de mais duas balsas-guindastes, mais os acessórios que serão importados, ainda sem programação. A previsão é a de que os investimentos chegarão de R$ 70 milhões a R$ 100 milhões na Divisão Marítima até 2011. No momento, as operações estão sendo realizadas, no Rio de Janeiro, com uma balsa guindaste, com capacidades para içamento de 350 toneladas e de acomodação de 2.500 toneladas de cargas. Mas, já está encomendada, junto ao estaleiro Erin de Manaus, uma balsa para 3.500 toneladas. Ao mesmo tempo está sendo fabricado, pela mesma construtora, o barco Line Handling, equipado com propulsão azimutal, para dar apoio a operações com cabos, amarração e suprimento de plataforma.“Esperamos que o negócio de serviços marítimos represente 15% da receita da empresa num intervalo de três anos. São locações para longos prazos”, comenta.

www.locar.com.br

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