Dois recordes na movimentação de cargas no mês de janeiro, implementação do novo Plano de Segurança, início das obras de expansão da área de armazenagem e a participação do terminal na balança cambial catarinense foram os assuntos abordados pelo superintendente do Porto, Ênio Osmar Casemiro, delegado da Receita Federal em Itajaí, Jackson Aluir Corbari, diretores do Porto: Antônio Carlos Emmendorfer (financeiro), Antônio Ayres dos Santos Júnior (comercial), Héder Cassiano Moritz (logística) e Cássio Rogério Rebelo (técnico), e o superintendente do Teconvi, Cláudio Fernando Daudt, no último dia 20.
Casemiro aproveitou para mencionar as últimas estatísticas do instituto CentronaveDatamar, em que o terminal itajaiense aparece como terceiro colocado no ranking nacional de exportações de contêineres. O primeiro é Santos e o segundo do ranking é Rio Grande.
A movimentação de janeiro foi de 418,79 mil toneladas, representando incremento de 60% comparativamente a janeiro de 2003. As cargas conteinerizadas somaram 48.535 TEU (Twenty Equivalent Unit – unidade internacional equivalente a um contêiner de 20 pés), com 396.143 toneladas, representando 95% de toda a movimentação do terminal e superando em 81% a movimentação de contêineres de janeiro do ano passado.
Foi a maior movimentação registrada em toda a história do Porto de Itajaí, quebrando os dois recordes registrados em maio de 2003, de 410.732 toneladas e 44.782 TEU. Com relação à movimentação de cargas no ano passado, estatísticas do Centronave Datamar colocam o terminal itajaiense como terceiro porto brasileiro em exportação de contêineres, com um montante de 466.771 TEU no ano.
Balança comercial - O documento Análise do Movimento do Comércio Exterior em Itajaí Via Marítima 2002/2003, apresentado pelo delegado da Receita Federal de Itajaí, Jackson Aluir Corbari, comprova que as exportações realizadas em 2003 apresentaram crescimento de 18,02% em relação ao ano de 2002, ficando entre o crescimento catarinense (17,06%) e nacional (21,08%). "Isso demonstra uma normalização, em face do crescimento experimentado em 2002 e 2001, se cotejado com o crescimento das exportações do Estado e do País nos anos de 2002 e 2001", diz Corbari.
A participação das exportações em 2003, no valor de US$ FOB 2,967 bilhões, representou 4,06% das exportações nacionais, que somaram US$ 73,084 bilhões e o Porto de Itajaí permaneceu, em 2003, como o sexto porto em valores exportados dentre os portos nacionais, antecedido por Rio Grande e Rio de Janeiro e sucedido por São Francisco do Sul e Sepetiba.
Seguindo a tendência dos últimos anos o comércio de carnes e comestíveis esteve na pauta como principal produto de exportações (40,11%), e houve inversão no segundo lugar na pauta em relação à 2002, na qual a exportações de madeira e suas obras superou a de máquinas e equipamentos.
Do volume total exportado, 54,94% foram provenientes do Estado de Santa Catarina, 18,28% do Paraná e 12,80% do Rio Grande do Sul. "Ou seja, 86,01% das exportações, por Itajaí, provêm dos estados do sul", diz Corbari. Segundo ele, o principal país comprador dos produtos exportados continua sendo os Estados Unidos (16,48%), seguido pela Federação da Rússia (12,85%), e Países Baixos.
As importações tiveram retração, passando de US$ 473,02 milhões, em 2002, para US$ 358,89 milhões no ano passado. "Queda observada em nível regional", diz Corbari, complementando: "os valores importados têm-se mantidos, nos últimos anos, nessa faixa, demonstrando a característica de Itajaí como porto exportador". A queda de arrecadações de tributos sobre comércio exterior, foi proporcionalmente menor, ficando no valor total de 204.842.052,00 contra 211.300.689,00 em 2002.
Ampliação - O superintendente do Teconvi, Cláudio Fernando Daudt, anunciou que as obras de ampliação da área de armazenagem de contêineres estarão concluídas no prazo máximo de 120 dias. A Fatma já expediu a Licença Ambiental Prévia (LAP) e a Licença Ambiental de Instalação (LAI) para as obras de ampliação dos pátios em 16.703,54 metros quadrados e assumiu compromisso de, ainda em fevereiro, liberar as obras de prolongamento do cais, que passará de 750 metros para mil metros de extensão. Além destas, ainda estão previstas para este ano obras de reforço da estrutura do cais existente, com investimentos de mais cerca de US$ 8,5 milhões. Após o término do novo cais, previsto para 2005, o Teconvi projeta adquirir dois portêineres.
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