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Hamburg Süd divulga números e planeja ações

Por Redação em 10 de abril de 2008 às 15h28 (atualizado em 05/05/2011 às 17h10)

Empresa movimentou 2,14 milhões de TEUs, registrando  crescimento de 17% em 2007 

A Hamburg Süd informa que encerrou o ano de 2007 tendo movimentado 2,14 milhões de TEUs, crescimento de 17% frente ao ano anterior. De acordo com a companhia, o desempenho é resultado do crescimento do Serviço Trident, que liga a Europa aos Estados Unidos e Austrália/Nova Zelândia. O crescimento no volume de cargas da Ásia é outro fator que estimulou as operações da Hamburg Süd no ano passado.

O setor de “tramp” também registrou crescimento de dois dígitos, mantendo sua participação de aproximadamente 13%. Apesar do dólar americano muito fraco, a Hamburg Süd, juntamente com a empresa de navegação brasileira Aliança, registrou um aumento no turnover de 12%, ou 400 milhões de euros, chegando a quase 3,6 bilhões de euros.

Em virtude principalmente do aumento dos custos operacionais, esses fatos não foram totalmente registrados nos resultados. De especial importância nesse contexto são os custos maiores do bunker. Apesar disso, o resultado geral do Grupo Hamburg Süd em 2007, em virtude das operações de granéis, foi satisfatório.

As operações da Costa Container Lines S.p.A.(CCL), que passaram a ser controladas pela Hamburg Süd em 1° de dezembro do ano passado e cujos serviços continuam a operar com o mesmo nome, ainda não fizeram contribuição perceptível para o turnover e para os resultados do ano passado.

Para prestar suporte ao crescimento dos negócios e ao aumento da participação de navios e contêineres próprios, os investimentos de aproximadamente 600 milhões de euros ficaram quase 70% acima dos valores do ano anterior, tornando-se o mais alto volume gasto de capital na história da Hamburg Süd. O maior item individual foi representado pelos pagamentos dos seis novos navios da classe Bahia, que começaram a operar com bandeira alemã.

Contêineres e navios

Paralelamente ao aumento das cargas, a capacidade de slots dos navios da Hamburg Süd, cresceu 20%, totalizando 241 mil TEUs, com a frota de contêineres composta de 93 navios, um acréscimo de cinco unidades. Com isso, a capacidade média dos navios cresceu em 13%. A exceção foi a CCL. Contribuíram para com o índice positivo os navios da classe Bahia (3.750 TEUs) e do primeiro modelo da série “Monte” (5.560 TEUs)a entrar em operação. Juntamente com os 62 graneleiros e navios-tanque, 155 navios (fora a CCL) estavam, sendo operados no final do ano, 16 a mais do que em 2006.

Vinte e dois navios da CCL, com capacidade de slots de 35 mil TEUs, foram incorporados. A inclusão das operações da CCL deu ao Grupo o comando de mais de 115 navios porta-contêiner, com uma capacidade total para 275 mil TEUs no final do ano. O inventário de contêineres também cresceu, passando de 295 mil unidades no final do ano e para 343 mil unidades – cerca de 15% – , com a inclusão dos 48 mil contêineres da CCL.

Segundo a companhia, a cota de navios próprios vai crescer ainda mais nos próximos anos. No final de 2007, dezessete navios com uma capacidade aproximada de 104 mil TEUs estavam encomendados. O investimento total em embarcações e contêineres no período de 2008 a 2011 será de aproximadamente € 1,7 bilhão.

Liner shipping

Em 2007, a Hamburg Süd divulga que obteve aumentos significativos no volume de cargas em praticamente todos os mercados. O impulso mais forte para o crescimento geral de 17% veio do Serviço Trident e dos serviços do Extremo Oriente. Graças a um real forte e ao crescimento no Brasil (4,4%), o volume do Sul da Ásia, em particular, cresceu substancialmente. Isto também se aplica, embora em menor grau, aos demais comércios para a Costa Leste da América do Sul vindos da Europa e América do Norte. Os embarques da Costa Leste da América do Sul para a Europa – especialmente commodities refrigeradas – apresentaram um aumento satisfatório, enquanto que o volume de mercado nas rotas comerciais para a América do Norte sofreu um declínio em conseqüência de um fortalecimento do real com relação ao dólar americano.

A infra-estrutura logística nos portos sul-americanos continuou a se mostrar sobrecarregada em 2007. Os atrasos nos portos causaram transtornos à programação e produziram um aumento substancial nos custos.

Embarques Tramp

O comércio de granel seco operado por Rudolf A. Oetker (RAO), Hamburgo, Furness Withy Chartering, Londres e Melbourne, assim como pela Aliança Bulk, Rio de Janeiro, experimentou uma melhoria da evolução positiva que emergiu em 2006. O aumento contínuo nos volumes de cargas de carvão e minério de ferro amarrou a tonelagem em um grau ainda maior em virtude das condições de manuseio extremamente pobres nos principais portos de carvão da Austrália. Como o crescimento da tonelagem oriunda dos novos navios chegou a meros 7%, os charters spot e por período aumentaram consideravelmente em 2007. Em outubro do mesmo ano, os índices alcançaram os maiores recordes de altas de todos os tempos incluindo portes de classe, antes da correção ocorrida nos últimos dois meses do ano.

As taxas diárias de time-charter em embarques de produtos em tanques relaxaram perceptivelmente ao redor da metade do ano, após um primeiro trimestre forte. Somente após o “Summer Slump” (queda do verão) as taxas spot novamente aumentaram até o final do ano. O preço às vezes extremamente alto do petróleo, assim como as incertezas freqüentes sobre os acontecimentos políticos no Oriente Médio, Irã/Iraque e Venezuela, reprimiram o desenvolvimento do mercado consideravelmente.

Panorama para 2008

Em 2008, a empresa aponta para um crescimento contínuo da economia mundial a uma taxa aproximada de 4%, que provavelmente será sustentada pelo progresso econômico de países como China (taxa de crescimento prevista de 10%), Índia (8%), Rússia (6,5%) e Brasil (4%). O setor de transporte marítimo por contêineres espera um aumento no volume mundial de carga de cerca de 8%.

Embora a capacidade de slots deva crescer mais rapidamente do que o volume mundial de cargas, em virtude da entrada dos novos navios, a companhia não prevê um excesso na capacidade global. Isso porque, como o crescimento das cargas está ocorrendo predominantemente na área de longa distância, em rotas de comércio mais movimentadas, como Europa e Ásia, a capacidade ficará distribuída de forma desproporcional. Além disso, em virtude da lenta operação dos navios em muitos portos e do empenho dos armadores para reduzir a velocidade das embarcações para economizar combustível, os navios adicionais ficarão ocupados, sem aumentar a capacidade geral dos serviços marítimos.

A Hamburg Süd também espera um crescimento nos custos do serviço  intermodal, transbordo, portos e bunker, como reação ao cenário de mais aumentos nos preços da energia e dos constantes gargalos na infra-estrutura dos portos e acessos. Para absorvê-los, a companhia recomenda aumentar as sobretaxas de bunker e cambial, e implementar aumentos de USD 200-250/TEU.

Neste cenário mais desafiador, as opções organizacionais internas assumem uma importância fundamental. Portanto, os serviços da Hamburg Süd e da CCL do Mediterrâneo para a Costa Leste da América do Sul, e da América do Sul para o Caribe, estão sendo integrados atualmente para explorar as grandes sinergias operacionais. Além disso, após a aquisição da CCL, a Hamburg Süd pode gerar produtividade adicional em muitos de seus escritórios. Finalmente, a implementação dos novos navios deverá refletir em  significativas economias de escala, reduzindo os custos dos slots.

No transporte de granéis, a expectativa é da manutenção de altas taxas de charter e níveis de embarques. Entretanto, a Hamburg Süd espera que a entrega de novos navios em 2010 tenha o efeito de amortecer os níveis das taxas. No caso dos navios tanque, o cenário será similar, com base em uma demanda de energia ainda maior e uma capacidade limitada de refinar nos EUA e no norte da Europa, embora se espere aqui um declínio dos níveis de embarques já para 2008/2009, em virtude de muitas entregas de novos navios.

www.hamburgsued.com

 

  

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