Simefre divulga números e projeta 2008

Presidente do sindicato pede maior prestígio para a  indústria nacional

O Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre) projeta que as indústrias de implementos rodoviários de linha pesada (semi-reboques e reboques) e linha leve (carrocerias) devem encerrar o ano de 2007 com uma produção acima de 100 mil unidades. Apenas a produção de reboques e semi-reboques os números apontam para uma fabricação de 46 mil unidades, contra 34,2 mil equipamentos fabricados no ano passado, um crescimento apurado de 34,5%. Para 2008, os números já são otimistas. A entidade estima aumentar a produção em torno de 8,5%, produzindo cerca de 50 mil unidades (pino rei).

Para obter este índice, o presidente do sindicato, José Antônio Fernandes Martins, cobrou dos operadores ferroviários. “É preciso privilegiar a indústria nacional. Se não a protegermos, num curto prazo iremos sepultar um setor estratégico para o transporte de nossas mercadorias”, afirma.

No acumulado de janeiro a outubro, dados apontam que foram emplacados no mercado interno 33.822 reboques e semi-reboques, frente aos 23.965 computados nos primeiros dez meses de 2006, o que representa um aumento de 41%. Já as exportações do segmento até outubro de 2007 (5.295 unidades) foram 28,9% superiores se comparadas às vendas externas ocorridas no mesmo período de 2006 (4.108 emplacamentos). Para o final do ano, a expectativa é enviar ao exterior um total de 5.733 equipamentos, frente aos 5.201 de 2006.

As carrocerias sobre chassis de caminhões também apresentaram crescimento. Até outubro deste ano foram 46.779 emplacamentos, contra 38.268 até outubro de 2006, um aumento consolidado de 22,2%.

Alguns fatores contribuíram para com os resultados auspiciosos durante o ano. O bom desempenho do agronegócio, da construção civil, a expansão da mineração e dos setores de celulose e sucroalcooleiro, sem contar o mercado de carnes e oferta de crédito enumeram os motivos que estimularam as vendas no segmento.

Ferroviário

Para o segmento ferroviário, a estimativa é a de que até o final do ano as empresas produzirão 1.200 vagões e 30 locomotivas. Em 2006, apenas do primeiro item foram produzidas 3.589 unidades. No acumulado dos dez primeiros meses de 2007, a indústria produziu 709 vagões, contra 3.449 unidades no mesmo período de 2006. A queda no volume de novos equipamentos já era prevista pelo setor, uma vez que nos últimos quatro anos o mercado foi aquecido.

No acumulado de janeiro a outubro, as vendas domésticas do setor ferroviário de cargas foram responsáveis por 659 vagões, contra os 3.374 comercializados no mesmo período de 2006. Já as exportações, até outubro último, fecharam nas casa das 50 unidades, enquanto que, de janeiro a outubro de 2006, a soma foi de 75 equipamentos.

Para 2008, a esperança da entidade é a de que haja um bom desempenho do setor de transporte de carga pesada, entre os quais estariam os minérios, grãos, carga geral e construção civil. A projeção é fechar o próximo ano com 3.500 vagões produzidos.

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