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Indústria ferroviária avalia produção para os próximos anos

Por Redação em 20 de abril de 2006 às 16h55 (atualizado em 11/05/2011 às 16h02)

Abifer cogita leve queda em 2006, mas prevê recuperação em 2007

Em decadência nas décadas de 1980 e 90, a indústria ferroviária do Brasil começou a se reerguer em 1996, quando teve início a privatização das ferrovias, e ganhou mais força ainda em 2003, com o lançamento do Plano de Revitalização das Ferrovias, do governo federal. Desde então, novas empresas entraram no ramo, os investimentos aumentaram e o resultado foi o recorde de 7,5 mil vagões produzidos em 2005. Para este ano, a previsão da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer) gira em torno de cinco mil unidades, mas a expectativa é de que, em 2007, a situação melhore e haja uma compensação. Para o triênio 2006-2008, a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) prevê que a produção fique entre 20 e 21 mil unidades.

Segundo Luís Cesário Amaro da Silveira, presidente da Abifer, a indústria tem totais condições de atender à demanda. “Na verdade, estamos produzindo aquém de nossa capacidade”, diz ele, lembrando que o setor ferroviário pode fabricar até 12 mil vagões por ano e que as chuvas que atingiram o Centro-Oeste prejudicaram muito a safra e os pedidos por novos vagões. “A variação no mercado do minério de ferro também é um fator que influencia a necessidade de novos vagões”, diz.

Se o mercado nacional permite uma alta dose de ociosidade da indústria, as empresas buscam alternativas, como a exportação. “Cerca de 5% a 10% da produção vão para o exterior, para países como Venezuela, Gabão e Guiné”, diz Silveira. A indústria brasileira também exporta vários tipos de equipamentos, como rodas e freios.

Apesar de alguns problemas neste ano, o crescimento registrado pelo setor é impressionante. Em 2002, foram fabricados apenas 294 vagões, número que passou para 2.028 logo no ano seguinte, pulou para 4,5 mil em 2004 e bateu a casa dos 7,5 mil no ano passado. “A indústria ferroviária tinha perdido a confiabilidade, mas agora a recuperamos e uma mostra disso é o surgimento de empresas que alugam vagões e fazem leasing”, conta Silveira.

A situação é bem mais animadora do que na década passada mas, segundo Silveira, poderia ser ainda melhor. Para o presidente da Abifer, o governo federal não cumpriu sua parte nos acordos de concessões. “Havia um compromisso de acabar com as passagens de nível e impedir as invasões das faixas de domínio, que fazem os trens trafegarem em velocidade baixa, prejudicando a competitividade”, diz.

Para Silveira, a melhor utilização do setor ferroviário contribuiria para a economia do Brasil. “É preciso estimular o produtor agrícola, e isso não acontece quando ele vê sua carga atolada na estrada por causa da chuva”, afirma. Segundo ele, isso não quer dizer que as rodovias não devem ser usadas. “O transporte rodoviário deve ser usado até onde é lucrativo para o produtor, e um país grande como o nosso precisa saber usar a intermodalidade”, completa.

www.abifer.org.br

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