A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) divulgou hoje, durante evento realizado em São Paulo, o balanço da indústria automobilística brasileira no ano de 2005. No evento estavam presentes a diretoria da entidade, que divulgou o balanço do setor, representantes da consultoria PricewaterhouseCoopers, que apresentou uma análise de conjuntura da indústria automobilística mundial; e o economista e professor Afonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central, que fez uma análise da macroeconomia brasileira no momento atual.
Em novembro de 2005, o setor de autoveículos e máquinas agrícolas do País exportou o equivalente a US$ 977 milhões, uma alta de 31,7% em relação aos US$ 741,7 milhões no mesmo período de 2004. De janeiro a novembro de 2005, a produção total do setor foi de 2,248 milhões de unidades, um crescimento de 11,2% frente aos 2,021 milhões de unidades no mesmo período do ano passado. No que tange às exportações, o volume exportado de janeiro a novembro deste ano foi equivalente a US$ 10,3 bilhões, um aumento expressivo de 35,8% em relação ao mesmo de período de 2004, quando as exportações foram equivalentes a US$ 7,6 bilhões. No que diz respeito à absorção de produção pelo mercado interno, no ano de 2005 foram vendidos 1,7 milhões de unidades, frente aos 1,58 milhões em 2004, uma alta de 7,7%. Para 2006, a Anfavea estima que o crescimento do mercado interno, da exportação e da produção total fiquem em 7,1%, 2,7% e 4,5%, respectivamente.
A produção de caminhões em 2005 cresceu 9,9% em relação a 2004. De janeiro a novembro, foram produzidos 108.513 caminhões, entre semileves, leves, médios, semipesados e pesados. No mesmo período de 2004, a produção total de caminhões foi de 98.717 unidades. Apesar disso, as vendas internas caíram 5,6%. Entre janeiro e novembro de 2005 foram vendidos no País 74.068 caminhões, contra 78.438 unidades em 2004.
Dirigentes da Anfavea apontam os problemas da safra agrícola, a alta taxa de juros e a entrada em vigor das normas Euro III (segundo a qual caminhões produzidos em solo nacional a partir de 2006 deverão possuir motor eletrônico e uma série de outros pré-requisitos para controle de poluição), o que aumentou o preço final dos veículos. Em compensação, as exportações de caminhões cresceram 43,8%, ajudando a equilibrar melhor esta conta. De janeiro a novembro de 2005, foram exportados 33.819 caminhões contra 23.516 no mesmo período de 2004.