A Scania prevê crescimento nas vendas em todos os seus mercados de atuação – caminhões, ônibus, serviços e motores industriais, marítimos e para geração de energia – neste ano de 2020. “Ainda existem algumas incertezas sobre os rumos das economias global e nacional, por isso estamos com um otimismo moderado neste momento. Mas a fase da Scania no Brasil é ótima e nossas projeções são de crescimento em todos os segmentos”, afirma o vice-presidente das Operações Comerciais da Scania no Brasil, Roberto Barral.
Os números refletem o otimismo. A montadora acredita que este ano o mercado de caminhões em que atua, acima de 16 toneladas (semipesados e pesados), deverá crescer entre 10% e 15% na comparação com 2019. “Vamos seguir comprovando com os clientes a maior rentabilidade que a nova geração traz. Muitos clientes estão superando os 12% de economia de combustível”, diz Silvio Munhoz, diretor Comercial da Scania no Brasil.
Já em Serviços, o diretor Marcelo Montanha acredita numa alta de 33% no portfólio de programas de manutenção (carteira de planos ativos). “Estamos reestruturando alguns programas para dar mais um passo à frente. A conectividade trará ainda mais benefícios à gestão da frota.”
Segundo Munhoz, de modo geral, o agronegócio vai puxar novamente as vendas para cima e as aplicações que deverão se destacar serão carga fracionada e líquidos inflamáveis. “No mercado fora de estrada, uma das apostas está na alta do transporte para a cadeia da cana de açúcar, além de boas oportunidades na mineração”, explica.
Balanço
O ano passado marcou o início das entregas da nova geração de caminhões, que resultou, segundo a empresa, em resultados de vendas positivos, com o Brasil sendo novamente o maior mercado de caminhões da Scania no mundo. Na faixa de atuação da fabricante, foram 12.755 caminhões emplacados (o maior volume dos últimos cinco anos), uma alta de 47,6% na comparação com as 8.643 unidades de 2018.
A participação de mercado subiu de 16,4% para 17%. As aplicações que mais se destacaram foram para o agronegócio, as cargas gerais e o transporte frigorificado. Com 1.314 unidades, quase o triplo em relação a 2018, o segmento fora de estrada obteve o maior volume dos últimos anos.
Nos pesados, o aumento da Scania foi de 57,7%, com emplacamento de 12.667 caminhões contra as 8.031 unidades do exercício anterior. A participação subiu de 23,1% para 24,5%. Nos semipesados foram 88 unidades emplacadas e participação de 0,4%.
“Em 2019, levando em conta a indústria acima de 16 t e também a categoria de pesados a Scania cresceu em volume mais do que o mercado, e ainda ganhou participação. Mas, o mais importante foi manter a rentabilidade do negócio. De nada adianta só fazer volumes e perseguir freneticamente a liderança sem margens consistentes para a saúde financeira da empresa”, salienta Munhoz.