O setor de rochas ornamentais nacional registrou, no primeiro semestre deste ano, um faturamento total de US$ 634 milhões, evolução de 10,92%em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados pelo Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas), que prevê fechamento do ano com faturamento superior a US$ 1,4 bilhão.
No ano passado, o setor fechou o ano com US$ 1,34 bilhão em faturamento. De janeiro a junho deste ano, o arranjo produtivo de rochas importou US$ 12,68 milhões, promovendo um superavit de US$ 622 milhões na balança comercial do segmento.
“O aquecimento da construção civil mundial, o desenvolvimento de ações inéditas para o setor de rochas por meio do convênio setorial e ainda o investimento que as empresas do segmento têm feito em seu parque fabril podem ter contribuído para essa evolução. Mas é importante lembrar que esse número poderia ter sido maior, não fosse a guerra entre Rússia e Ucrânia”, explica o presidente do Centrorochas, Tales Machado.
Outro ponto importante apresentado no primeiro semestre deste ano foi a evolução do preço médio dos materiais brasileiros, que registraram aumento de 15,04% em relação ao mesmo período de 2021. O arranjo produtivo de rochas, como vários outros setores, vem sofrendo com reajustes constantes nos fretes marítimos devido aos problemas logísticos em decorrência da pandemia e a desvalorização do dólar.
Os Estados Unidos permanecem como principal destino para os produtos brasileiros, representando aproximadamente 57% de toda exportação nacional. Em uma análise mais minuciosa, excluindo os materiais brutos, os americanos se tornam ainda mais importantes, representando quase 74% do total de materiais acabados exportados. Seguindo o mesmo raciocínio, o mercado mexicano vem na sequência, com 5% de participação, e o Reino Unido em seguida, com cerca de 3%.
Observando o comportamento dos materiais brutos exportados, a China segue sólida como o maior importador, consumindo aproximadamente 60% dos blocos de rochas comercializados pelo Brasil. Em seguida vem a Itália, com 29%.
Espírito Santo (80,54%), Minas Gerais (11,45%) e Ceará (3,42%) foram os estados que puxaram as exportações nacionais no primeiro semestre deste ano.