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Vale inaugura centro de treinamento em Vitória

Por Redação em 17 de abril de 2008 às 12h20 (atualizado em 20/04/2011 às 14h58)

R$ 1,5 milhão foram investidos para a instalação do empreendimento e estações com simuladores

A Valer (Universidade Corporativa da Vale), inaugurou ontem, dia 16 de abril, no Complexo de Tubarão, em Vitória, o Centro de Pesquisa e Treinamento (Cepet). O empreendimento, que demandou investimentos de R$ 1,5 milhão, tem como objetivo desenvolver e aperfeiçoar os conhecimentos dos maquinistas que atuam na Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM). Além do treinamento de novos maquinistas e da reciclagem do atual quadro, também passarão pelo Cepet os aprendizes do Programa de Formação Profissional da Vale, que atualmente estão na turma de Operação Ferroviária.

 O espaço dispõe de quatro estações de simulação de trem com tecnologias que reproduzem o dia-a-dia das operações ferroviárias. Para tornar o treinamento ainda mais real, uma réplica de cabine de locomotiva, com computador de bordo, painel, acelerador e freio, entre demais instrumentos de operação, foi montada. Uma tela postada à frente da cabine reproduz o trecho ferroviário da EFVM.

O treinamento no Cepet tem duração de 80 horas, dividida em Módulos I e II. Cada turma tem entre nove e 12 alunos. Após a aula prática, o software do simulador emite a avaliação do aluno e mostrará os erros e acertos do maquinista.

Sistema

As estações estão interligadas a uma outra de supervisão central, que permite aos instrutores configurar e supervisionar o andamento das simulações, podendo inclusive simular situações de risco ou mesmo alterar o escopo do treinamento de acordo com necessidades específicas de cada turma. As estações contam, ainda, com um software de criação de perfis de linha ferroviária, o que permite inserir diferentes relevos no simulador. O software possibilita, ainda, incorporar ao sistema o banco de dados com as rampas, curvas e elevações da EFVM e criar diferentes tipos de locomotivas e vagões que circulam na ferrovia.

O sistema de geração de imagens tridimensionais (CGI) utilizado pelo simulador é capaz de dar mais realidade à operação. É possível gerar obstáculos sobre a linha férrea, como, por exemplo, carros atravessando em cruzamentos ou vagões deixados na linha. Essas situações exigem do aluno realizar operações de emergência que são observadas pelos instrutores.

Nas simulações, as telas de auxílio disponibilizam para os maquinistas em treinamento diversas informações, como consumo de combustível e pressão de freio. Os recursos têm como meta auxiliar os alunos a entender a dinâmica do trem e mostram a importância de uma boa condução para melhorar os indicadores.

Importância do Cepet 
  
Segundo o diretor de Planejamento e Desenvolvimento Logístico da Vale, Mauro Neves, a inauguração do Cepet é fundamental para a companhia, uma vez que traz capacitação – maquinistas treinados num ambiente seguro – , internacionaliza a empresa, possibilita que profissionais de outros países sejam aperfeiçoados no local, e reforça a segurança operacional. Já o diretor de Operações da EFVM, Marcelo Barros, salienta que a iniciativa motiva os funcionários e prepara a ferrovia para os desafios. “Tínhamos dificuldade em formar maquinistas”, resume. De acordo com ele, a formação profissional consome de 12 a 16 meses.

Neves conta que, apesar de ser direcionado aos maquinistas da Vitória Minas, o simulador poderá ser utilizado por profissionais de outras áreas interessados em entender de que forma a ferrovia opera. Contudo, o universo de maquinistas, foco da estratégia, é vasto. Apenas na EFVM são 603 maquinistas de viagens.

Os maquinistas atuantes em outras ferrovias também merecem atenção. Os 201 funcionários da Estrada de Ferro Carajás (EFC) serão treinados pelo Cepet instalado no Porto de Ponta da Madeira, em São Luiz. Já os 841 maquinistas da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), atendidos anteriormente pelo Cepet de Belo Horizonte, agora desativado, serão aperfeiçoados por meio de uma unidade móvel, recurso que começa a operar já no próximo mês de maio. Em janeiro de 2009, a segunda unidade móvel inicia o processo de treinamento.

Em 2007, a Vale treinou cerca de mil profissionais, sendo 950 maquinistas. A meta para 2008 é aumentar em 10% este índice, já com a introdução do Cepet no Complexo de Tubarão. O aumento de produtividade não foi mensurado. Neves, porém, divulga que a Vale aumentou em 10% sua produção na EFVM em 2007 apenas com estratégias de capacitação, sem a aquisição de ativos.

www.vale.com

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