Completando cinco décadas de atuação e quatro anos desde sua chegada ao Brasil, a FM Logistic, multinacional francesa do setor logístico, iniciou uma nova empreitada no país, dessa vez de caráter social. No dia 2 de outubro a empresa realizou uma aula inaugural da Escola de Logística, projeto concebido a partir de uma parceria entre a FM Logistic e a Fundação IOCHPE, Organização Não Governamental (ONG) que cria programas com foco no desenvolvimento de crianças e adolescentes.
O projeto só foi possível por conta do novo braço da FM Logistic, a FM Foundation, criada no começo do ano pela empresa para fomentar projetos sociais em diversos países do mundo. “Quando recebi a informação de que a fundação seria criada, já pensei na ideia da escola. Eram um sonho que eu tinha há muitos anos e agora foi possível concretizá-lo”, explica a presidenta da FM Logistic no Brasil, Michèle Cohonner, em entrevista à Tecnologística.
A integração entre as entidades participantes foi fundamental para o desenvolvimento do projeto, já que toda a questão pedagógica foi elaborada pela IOCHPE. São 28 educadores voluntários que alinham tanto a perspectiva prática do Supply Chain e da logística quanto seus aspectos técnicos.
A empresa participa e incentiva diversas empreitadas sociais em todo o mundo, porém, segundo Cohonner, é a primeira vez que a FM Logistic investe em um projeto pedagógico. As aulas são compostas por 12 alunos, todos eles originários de bairros da periferia de São Paulo próximos à sede da empresa, localizada na Rodovia Anhaguera, e o curso terá duração de um ano.
“Esse é um projeto em que trabalhamos todos juntos para conseguir desenvolver a escola. Nossa equipe de Recursos Humanos fez várias entrevistas no bairro do Perus para selecionarmos os alunos. Também conferimos onde eles viviam. Temos o desejo de fortalecer a população local, isso é uma característica da FM Logistic”, explica a presidenta, informando também que, ao final do curso, a empresa vai tratar de certificá-lo perante os órgãos do governo.
As aulas são compostas por 12 alunos, seis meninos e seis meninas, todos na faixa dos 18 anos. “Com certeza pensamos que eles podem vir a colaborar com a empresa no futuro, mas esse não é o foco do projeto. A ideia é preparar eles para a vida profissional e oferecer uma possibilidade de ascensão social”, completa Cohonner.