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Bosch comemora resultados de reestruturação logística

Companhia implantou, há um ano, um projeto que visa elevar os níveis de serviço no mercado de peças de reposição
Por Redação em 13 de agosto de 2014 às 15h28 (atualizado às 15h30)

A Bosch, companhia de origem alemã que atua nos segmentos de bens de consumo, energia e tecnologia automotiva, industrial e de construção, abriu as portas ontem, dia 12 de agosto, de seu centro de distribuição dedicado ao aftermarket automotivo, localizado na cidade de Louveira (SP), para mostrar à imprensa os resultados de um projeto concebido em 2012 com o objetivo de proporcionar excelência à logística do setor.

Com o chamado Projeto Fênix, a Bosch foi na contramão das tendências de terceirização e, depois de quase cinco anos atuando no mercado de peças de reposição por meio de parceiros, trouxe de volta para a companhia a gestão logística da área. De acordo com o vice-presidente da divisão Automotive Aftermarket para a América Latina Delfim Calixto, o projeto visava encarar a logística como um fator competitivo dentro da Bosch, transformando o que poderia ser um desafio na grande oportunidade de focar na melhoria dos níveis de serviço junto ao cliente.

Para isso, a companhia criou uma equipe, formada por cerca de 30 profissionais, que atua dentro do CD de Louveira e é responsável por toda a inteligência logística. Calixto conta que o projeto buscou enxergar as necessidades pelo foco do cliente – distribuidores de peças e oficinas mecânicas de todo o país – e identificou como pontos passíveis de melhora fatores como agilidade e qualidade nas entregas, eficiência e flexibilidade nos serviços e a possibilidade de monitoramento em tempo real da carga.

Bosch-interna
Em setembro de 2013 o projeto saiu da fase de planejamento e entrou em operação. O CD passou a ser gerenciado pela Bosch e a contar com um total de 280 colaboradores, sendo 30 da própria companhia, 240 do operador logístico Ceva e 10 de uma terceira empresa que presta serviços de controle de qualidade em um laboratório instalado dentro da estrutura, que realiza testes em 10% de todas as mercadorias.

Ao todo, foram investidos aproximadamente R$ 20 milhões no projeto, entre adequação da estrutura, aquisição de sistemas e contratação de mão de obra. Calixto indica que o aporte ainda não se pagou, mas a satisfação dos clientes, que pode ser observada na redução das reclamações, já demonstra que a Bosch tomou a decisão correta.

O CD de Louveira passou a atender diariamente 10 mil linhas de pedidos. Até 2012, esse número não passava de 4.500, indicando que a produtividade na estrutura mais do que dobrou. Hoje são expedidas mais de 60 toneladas de cargas e recebidos cerca de 600 paletes, movimentados por uma média de 45 caminhões de seis transportadoras que realizam as atividades de carga e descarga no local todos os dias.

As operações do CD passaram a ser gerenciadas por um software WMS (Warehouse Management System) da RedPrairie e os níveis de serviço chegaram a 95%. Os pedidos direcionados aos cerca de 1.500 pontos de entrega situados em todo o território nacional passaram a ser atendidos em 24 horas e, com um maior controle de qualidade, as devoluções de mercadoria apresentaram uma redução de 30%.

“Nos últimos anos, a eficiência logística se tornou um dos fatores-chave de sucesso para todas as empresas. As necessidades e expectativas dos clientes, assim como os custos, aumentaram. Desta forma, melhorar a produtividade nesta área se tornou uma condição de sobrevivência”, explica Calixto.

No CD de Louveira, que conta com 25 mil m², pé-direito de 12 metros, 15 docas e 50 mil posições palete, são armazenados cerca de 25 mil itens, que vão desde pequenos produtos, como uma vela de ignição, até bancadas destinadas a oficinas pesando quase uma tonelada, passando por cabos, filtros, palhetas, alternadores, motores de partida, componentes de freio, entre outros. Do portfólio de itens disponibilizados pela Bosch, 70% é produzido no Brasil, em suas plantas fabris localizadas em Campinas (SP), Curitiba e Aratu (BA), e o restante é importado das 150 fábricas da companhia situadas em território estrangeiro.

Para operar dentro do espaço, a Bosch conta com 32 máquinas da Crown, sendo 22 transpaleteiras do modelo PC4500 e dez empilhadeiras retráteis ESR5200. Todos os equipamentos possuem a tecnologia Access 123, desenvolvida própria Crown. Trata-se de um sistema de controle de informações que abrange todos os componentes da máquina, como tração, freios e direção, oferecendo um diagnóstico completo. Os equipamentos só são acionados, inclusive, mediante a utilização do crachá e da senha de cada operador que atua no CD.

As transpaleteiras são direcionadas para operações de coleta em baixas alturas e suportam até 3,6 t de carga. Já as empilhadeiras, com capacidade para até 2 t, operam com os paletes alocados nos seis níveis de altura do CD da Bosch. Toda a gestão da frota é realizada com o sistema InfoLink, desenvolvido pela Crown, que gera relatórios detalhados a respeito da utilização das máquinas e ainda permite o acompanhamento on-line em tempo real.

“Por meio de sistemas interativos como os fornecidos pela Crown, a Bosch monitora e gerencia o uso eficiente de seus recursos em todas as operações. Isso nos permite um mapeamento completo de todas as etapas, garantindo que nossos clientes serão atendidos da melhor forma e dentro dos prazos desejados”, destaca Calixto. A escolha pelos equipamentos e sistemas da Crown integra o Projeto Fênix como parte do objetivo de tornar o CD de Louveira uma referência em tecnologia aplicada à logística. O contrato firmado entre as empresas prevê ainda a presença de dois colaboradores da Crown no espaço, responsáveis por serviços de manutenção.

De acordo com Calixto, a aplicação na logística do conceito interno de sistema de produção utilizado pela Bosch em suas plantas ao redor do mundo, chamado Bosch Production System (BPS), possibilitou também que todo o espaço físico do CD fosse repensado. Dessa forma, além de ter os processos redesenhados, a estrutura passou por mudanças nas estações de trabalho e na disposição dos produtos armazenados, por exemplo, o que impactou positivamente na otimização de todas as etapas do trabalho.

“Estamos, nesse momento, estabilizando nossos processos e adequando as demandas à nossa capacidade. Com isso, a meta é maximizar nossa eficiência até 2015. Acreditamos que, dessa forma, ampliaremos os níveis de satisfação dos clientes”, diz Calixto. Segundo ele, a próxima etapa é trabalhar em maneiras de melhorar ainda mais a etapa de distribuição dos produtos a partir do CD. O executivo finaliza ressaltando que o sucesso do Projeto Fênix foi tão grande que ele virou referência mundial dentro da divisão de aftermarket automotivo da Bosch.

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