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VLI aposta no Corredor Norte para escoamento da safra 2025; entenda a logística

Corredor leva a produção agrícola por ferrovias até o Porto de Itaqui através do Terminal Portuário de São Luís (MA)
Por Gabriela Medrado em 11 de fevereiro de 2025 às 9h41
VLI aposta no Corredor Norte para escoamento da safra 2025; entenda a logística
Foto: Nestor Bezerra
Foto: Nestor Bezerra

A VLI, empresa de logística multimodal que opera ferrovias, portos e terminais, está apostando no Arco Norte para o escoamento da produção agrícola vinda da região Matopiba (acrônimo que junta Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e de estados como Mato Grosso, Pará e Goiás. Com investimentos estratégicos, a empresa tem ampliado e modernizado sua infraestrutura para garantir mais eficiência, segurança e agilidade na logística agrícola, e afirma estar preparada para a super safra de 322,6 milhões de toneladas esperada em 2025, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, do IBGE.

A VLI tem direcionado recursos significativos para o Corredor Norte, que conecta o Tocantins ao Maranhão. A empresa administra o Terminal Portuário de São Luís (TPSL), no Porto de Itaqui, no Maranhão, desde 2014, onde movimenta soja, farelo de soja e milho, além de celulose e produtos siderúrgicos como ferro gusa e manganês. A Tecnologística visitou o terminal a convite da VLI e conferiu de perto como é feita a logística agrícola no local.

 

VLI aposta no Corredor Norte para escoamento da safra 2025; entenda a logística

O Terminal Portuário de São Luís, operado pela VLI, transporta soja, farelo de soja, milho, ferro gusa, manganês e celulose. Foto: Nestor Bezerra

 

Escoamento da safra pelo Corredor Norte
A produção chega ao terminal a partir dos Terminais Integradores de Palmeirante (TO), Porto Nacional (TO) e Porto Franco (MA), operados pela VLI, que fazem o transbordo da carga de caminhões para o transporte ferroviário, da Ferrovia Norte-Sul, operada pela VLI e da Estrada de Ferro Carajás, operada pela Vale. A partir do terminal, as commodities seguem para o Porto do Itaqui, tendo como principais destinos Estados Unidos e Europa. O Corredor Norte da VLI conecta Porto Nacional (TO) ao sistema portuário do Maranhão, utilizando o tramo norte da Ferrovia Norte-Sul e a Estrada de Ferro Carajás.

 

VLI aposta no Corredor Norte para escoamento da safra 2025; entenda a logística

Foto: Divulgação/VLI

 

O Porto do Itaqui, o maior do Arco Norte, tem se destacado no Brasil como um dos principais caminhos para a exportação de grãos para o hemisfério Norte, tanto pela proximidade geográfica quanto por fatores como a profundidade. Com berços que podem chegar a 19m de profundidade na maré baixa, o Porto do Itaqui é o mais profundo do Brasil, tendo capacidade para receber navios de grandes dimensões, como os de classe Valemax, os maiores graneleiros do mundo.

O crescimento da produção regional reflete diretamente no desempenho logístico da companhia: entre 2013 e 2023, o volume transportado no corredor aumentou mais de 300%, passando de 3,5 bilhões para 14,4 bilhões de TKU (toneladas por quilômetro útil).

“O sistema portuário do Maranhão é o destino natural para a produção do Matopiba e de estados como Mato Grosso, Goiás e Pará", afirma o diretor de Operação do Corredor Norte da VLI, Ederson Almeida. "Nós estamos no lugar certo na hora certa. O Brasil precisa crescer, o Arco Norte é onde o agronegocio vai crescer nos próximos anos e a VLI tem capacidade para ajudar neste curso", completa.

Em 2023, a VLI registrou recordes de movimentação no Corredor Norte, atingindo 14,5 bilhões de TKU, superando os 14,1 bilhões de 2022. No Terminal Portuário São Luís, a empresa movimentou 5,6 milhões de toneladas no último ano, consolidando sua importância na logística de exportação do Brasil.

 

Terminal Portuário de São Luís
O Terminal Portuário de São Luís conta com capacidade de armazenagem de 220 mil toneladas de grãos (soja e milho), dois armazéns, quatro silos e uma moega ferroviária para grãos. O terminal também transporta produtos siderúrgicos, e conta com capacidade para 200 mil toneladas de ferro gusa e manganês, três pátios e duas plataformas de descarga.

Dentre os investimentos recentes no terminal, um dos destaques foi a inauguração do novo Centro de Controle Operacional (CCO) no Terminal Portuário São Luís (TPSL), que conta com sistemas automatizados para controle de estoque, descarga e embarque, além de um circuito fechado de TV que garante mais segurança e precisão nas operações.

 

Investimentos no Corredor Norte
Outro investimento estratégico da VLI foi a criação de um fluxo de retorno de fertilizantes, em parceria com a COPI, que parte do Porto do Itaqui em direção ao Terminal Integrador de Palmeirante (TO), com aporte de cerca de R$400 milhões e capacidade inicial de 1,5 milhão de toneladas por ano. No ano passado, a Ultracargo também investiu na região, iniciando a construção de um terminal de combustíveis em Palmeirante, que será conectado à malha da VLI.

Para aumentar a eficiência operacional do corredor, a VLI implantou o sistema Leader, usado nos corredores logísticos de maior movimentação de carga da companhia. A tecnologia permite a condução semiautônoma dos trens, gerando uma economia de combustível estimada em 3,5% no Corredor Norte.

Reforçando a sua logística de grãos, a VLI também adquiriu 168 vagões Hopper HTT e três locomotivas para operação na Ferrovia Norte-Sul, adquiridos em 2023. O negócio movimentou um total aproximado de R$ 200 milhões.

"A modernização do CCO, a aquisição de novos vagões e locomotivas e a criação de novos fluxos de carga são exemplos do nosso compromisso com a excelência operacional e a satisfação dos nossos clientes. Temos um sistema seguro, eficiente e sustentável”, completa Emerson.

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