Apesar do desempenho tímido dos dois primeiros meses do ano, o segmento de implementos rodoviários aponta com boas perspectivas. Mesmo com o efeito negativo decorrente da redução de crédito, o setor cresceu cerca de 12% em 2011, quando comparado com 2010. Para nós, empresários do setor, ainda é difícil fazer projeções para este ano. Sem um cenário definido, o que nos resta é arregaçar as mangas e trabalhar.
Prefiro me aliar aos otimistas. Com a realização de grandes eventos esportivos no País, uma urgência em melhorarmos a logística interna e as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), as perspectivas apontam para um crescimento dos setores de transporte, logística e correlatos, como o de implementos rodoviários. É importante, portanto, estarmos preparados para o futuro.
Só a qualidade, não fideliza o cliente. Só o preço, não garante a venda. O cliente quer o melhor projeto, ou seja, teremos que ganhá-los pelo famoso “conjunto da obra”. É preciso investir continuamente na melhor formação das equipes de todas as áreas. Da equipe de compras – para estarem atentos aos movimentos que definem a melhor opção na busca por matérias-primas e nos permite ter o melhor custo de produção, sem desperdícios. Da equipe de vendas, para que possa atender com eficácia e agilidade às exigências dos clientes e seja capaz de ampliar a resposta aos nossos produtos; até as equipes de manutenção, produção e gestão administrativa. Tudo precisa caminhar de forma orquestrada para que uma empresa no setor de implementos, onde as margens são estreitas, possa crescer de forma sustentada.
Olhar em volta e observar os novos nichos também são comportamentos que devem incorporar a rotina dos gestores desse segmento. Para quem atua na produção de portas roll-up, por exemplo, o aumento da frota de veículos de entrega urbana (VUCs), a eterna busca por otimização de espaço nos terminais, docas e mesmo nas ruas das grandes cidades, tem provocado um incremento nas vendas. O aquecimento econômico estimulando novos negócios também alavanca novas perspectivas, até então não visualizadas, como a possibilidade de atender de forma taylor made também empresas do setor industrial e da construção civil, além do segmento de transportes.
Ampliar nossa oferta e nossa capacidade produtiva passo a passo. Mantendo nossa qualidade, estreitando nossas parcerias e com agilidade para responder às novas exigências de um mercado que tende a expandir-se. Acredito que esse é o caminho para os empresários que têm hoje a oportunidade de acompanhar esse novo cenário do Brasil. Focar na busca de soluções, empregar todo o conhecimento adquirido com anos de experiência e investir na motivação e reconhecimento de seu time, ao invés de ficar paralisado por prognósticos negativos. Acredito que assim, com percentuais mais ou menos atrativos do registrado ao longo do ano, os bons resultados vão, com certeza, acontecer.
Anacélia Panzan
Diretora Executiva da PPW Brasil
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