A logística brasileira está em constante evolução, impulsionado por demandas crescentes por eficiência, agilidade e, cada vez mais, sustentabilidade. A cada ano, a importância do segmento na cadeia nacional aumenta. Dados da Confederação Nacional do Transporte (CNT) apontam que o PIB do setor de transporte cresceu 3,3% no segundo trimestre de 2024, em relação ao mesmo período do ano anterior. Para 2025 as perspectivas permanecem em alta, com um setor guiado por tendências que transformam a maneira como as empresas operam e entregam valor aos seus clientes.
A preocupação com a logística verde e a descarbonização, por exemplo, deixa de ser um diferencial para se tornar uma necessidade, principalmente com as exigências das novas regulamentações de mercado, como as da CVM. Dessa forma, toda a cadeia deve ampliar a busca por práticas sustentáveis, desde a otimização de rotas para reduzir a emissão de carbono até a adoção de frotas de veículos elétricos e o desenvolvimento de soluções para reduzir o máximo possível impacto ambiental dos veículos tradicionais.
Por conta disso, o uso de soluções tecnológicas se faz ainda mais importante, permitindo a elaboração de relatórios precisos e o acompanhamento constante do desempenho ambiental, fornecendo dados concretos para atender às exigências do mercado e demonstrar o compromisso das empresas com a sustentabilidade.
A integração da cadeia de suprimentos será outro pilar fundamental para o sucesso em 2025. A conectividade fluida entre fabricantes, fornecedores e distribuidores permitirá a redução de gargalos, a otimização dos estoques e o aumento da agilidade operacional. Essa integração, aliada à análise de dados, possibilitará respostas mais rápidas para as variações de demanda e de mercado, garantindo maior flexibilidade e resiliência às empresas.
E por falar em dados, o seu papel, juntamente com a Inteligência Artificial, será crucial para a tomada de decisões estratégicas. A análise de big data e o uso de algoritmos inteligentes permitem a otimização de rotas, a previsão de demandas e a identificação de potenciais problemas na cadeia logística, antes mesmo que eles impactem as operações. O histórico de dados se tornará um ativo valioso, permitindo que as empresas aprendam com o passado e se preparem para o futuro.
Por falar em futuro, o futuro da última milha – um dos maiores desafios históricos da logística em termos de custo e eficiência – será marcado pela inovação. Soluções sustentáveis, como entregas feitas em bicicleta e veículos elétricos, devem ser ainda mais exploradas. O uso de outras ferramentas, como veículos autônomos e até mesmo dos drones para entregas em zonas específicas ganham ainda relevância. Essas tecnologias, ainda que em fase de desenvolvimento, prometem rapidez, eficiência e, principalmente, menor impacto ambiental.
E, finalmente, a logística omnichannel continuará a ser uma prioridade para as empresas que buscam atender às expectativas dos consumidores em um cenário cada vez mais digital. A integração perfeita entre lojas físicas e canais digitais exige sistemas robustos de gerenciamento de transporte (TMS) e de armazém (WMS), capazes de conectar todos os pontos da operação e garantir uma experiência de compra fluida e consistente, independentemente do canal escolhido pelo cliente. A integração direta dos sistemas com as lojas físicas e os canais digitais também permitirá o gerenciamento eficiente de estoques, a otimização das entregas e a visibilidade completa de todo o processo logístico, desde o pedido até a entrega final.
O que fica de lição de casa para 2025, é que o investimento na logística deve deixar de ser encarado como um mero custo operacional para se tornar uma vantagem competitiva. A logística do futuro não será apenas sobre movimentar mercadorias, mas sobre entregar valor em todas as etapas da cadeia, garantindo relevância e competitividade em um cenário em constante evolução.