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O futuro do transporte verde: economia regenerativa, descarbonização e transporte colaborativo devem ganhar tração nos próximos anos

Por Marcel Lopes em 29 de junho de 2023 às 15h12
Marcel Lopes

A sustentabilidade tem se tornado cada vez mais importante para as empresas de todos os setores, e a logística não é exceção. Com o aumento da preocupação com as mudanças climáticas e o esgotamento dos recursos naturais, torna-se cada vez mais urgente a necessidade de uma abordagem mais sustentável na cadeia de suprimentos.

O futuro deste segmento, portanto, deve ser marcado pelo aprimoramento e escalabilidade de algumas tendências que começam a fazer parte da agenda ESG do setor. A logística sustentável é definida como a aplicação de práticas de gestão e tecnologias inovadoras para minimizar o impacto ambiental, ao mesmo tempo em que se busca otimizar a eficiência e reduzir os custos. Uma das principais abordagens para a logística sustentável é a economia regenerativa.

A economia regenerativa se concentra na criação de valor a longo prazo, ao mesmo tempo em que busca reduzir os impactos negativos no meio ambiente. Ela incentiva a redução da pegada de carbono, a utilização de materiais renováveis e a reciclagem de resíduos, promovendo a sustentabilidade em toda a cadeia de suprimentos.

As ações de reflorestamento são essenciais para a economia regenerativa e quando pensamos na cadeia de logística no Brasil, que usa paletes em sua maioria feito de madeira, isto se torna uma prerrogativa. Isto porque as florestas desempenham um papel fundamental no equilíbrio ecológico do planeta, fornecendo serviços ecossistêmicos essenciais, como a regulação do clima, a manutenção da biodiversidade e a proteção dos recursos hídricos. O reflorestamento também pode ajudar a reduzir as emissões de gases de efeito estufa, uma vez que as florestas têm um papel importante na captura de carbono da atmosfera.

Além disso, as empresas podem adotar veículos elétricos na sua frota de transporte. Os carros elétricos têm custos operacionais mais baixos do que os veículos movidos a gasolina ou diesel, já que a eletricidade é mais barata que o combustível fóssil. Eles emitem menos gases de escape que contribuem para a poluição do ar e as mudanças climáticas, reduzindo assim a pegada de carbono da frota de logística.

Outra vantagem é que os carros elétricos são mais eficientes no uso da energia do que os veículos movidos a combustão, o que significa que podem percorrer mais quilômetros com a mesma quantidade de energia. Também são mais silenciosos do que os veículos movidos a combustão, o que pode ser uma vantagem para as entregas em áreas urbanas e residenciais. Os carros elétricos podem ser carregados em qualquer tomada elétrica, o que significa que podem ser “abastecidos” em uma variedade de locais, incluindo depósitos, estações de carregamento públicas e até mesmo em pontos de entrega.

Atualmente, a participação de veículos elétricos no Brasil ainda é muito baixa, representando menos de 1% do total de veículos registrados no país. No entanto, espera-se que a demanda por veículos elétricos cresça nos próximos anos, impulsionada por incentivos governamentais. Por fim, a logística de transporte colaborativo é uma abordagem que incentiva a colaboração entre empresas para reduzir o número de veículos nas estradas e, consequentemente, a emissão de gases de efeito estufa. A logística de transporte colaborativo envolve a compartilhamento de recursos e a otimização de rotas para maximizar a eficiência do transporte e reduzir os custos.

Na movimentação de cargas, a logística de pooling – com o compartilhamento do uso de paletes em uma economia circular – e o transporte colaborativo são importantes para a economia porque permitem reduzir custos, aumentar a eficiência, reduzir o impacto ambiental, aumentar a flexibilidade e promover a colaboração entre empresas. Por essas razões, essas práticas têm sido cada vez mais adotadas por empresas em todo o mundo, em busca de uma logística mais sustentável e eficiente.
O compromisso com a promoção da logística sustentável para tornar nossa cadeia de suprimentos mais eficiente e sustentável é fundamental. Isso inclui a adoção de tecnologias mais limpas, como a utilização de veículos elétricos em nossas operações de transporte, bem como a implementação de programas de reciclagem e a redução do desperdício de materiais.

*Marcel Lopes, Senior Manager de Supply Chain da CHEP Brasil,

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