O termo ESG se tornou bastante difundido no mundo corporativo. Empresas que somente geram retorno a seus acionistas, sem trazer valor para a sociedade, sem cuidar do meio ambiente e sem garantir uma gestão ética e responsável, são empresas consideradas de risco.
Por ser intensivo em uso de combustíveis e mão de obra, o segmento de logística possui grande potencial para implementar ações nas frentes ESG – Meio Ambiente, Social e Governança.
Pesquisa realizada pelo ILOS em 2022 com Operadores Logísticos (OLs) atuantes no Brasil mostra que a maioria deles (81%) desenvolveu dentro da organização uma Área de Sustentabilidade.
São mais avançadas nesse tema as empresas que acompanham indicadores específicos, com metas e objetivos definidos. Do total, 30% dos Operadores Logísticos possuem essas metas de sustentabilidade e 19% tem incorporado tais objetivos dentro de uma área mais ampla, que engloba diferentes ações de ESG.
Operadores Logísticos no Brasil possuem uma Área de Sustentabilidade? (% de respostas)
Os indicadores e metas utilizados podem variar de empresa para empresa. Entretanto, tornou-se comum nas grandes companhias o monitoramento das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e a utilização de energia renovável, dentre outros indicadores. Para empresas de capital aberto e que necessitam apresentar seus resultados para investidores, os Relatórios de Sustentabilidade começaram a integrar os Relatórios Financeiros, e metas de ESG também passaram a ser divulgadas regularmente.
No que diz respeito a ações sociais, a segurança no trabalho é uma das principais na pauta sustentável dos Operadores Logísticos atuantes no Brasil, estando na agenda de 76% deles. Isto porque a atividade de transporte, uma das mais realizadas pelos OLs, pode trazer riscos inerentes à profissão de motorista de caminhão, como os acidentes de trânsito e roubos de carga, problemas importantes que devem ser combatidos e minimizados no Brasil.
Ainda no âmbito social, os OLs têm buscado maior diversidade na contratação, assim como a contratação de membros de comunidades no entorno de suas instalações.
Por sua vez, está na pauta de governança de 72% dos OLs a realização de ações anticorrupção.
Quanto às ações ambientais, está na agenda de boa parte dos OLs a busca por redução, reuso e reciclagem, assim como a diminuição da emissão de poluentes.
Iniciativas sustentáveis dos Operadores Logísticos no Brasil (% de OLs que realiza cada tipo de ação)
Por fim, vale destacar ainda que existem ações que, além de trazerem redução de impactos ambientais, trazem também bons resultados financeiros para as companhias. Trata-se da redução das ineficiências logísticas, que potencialmente reduzem a utilização de combustíveis e energia sem reduzir o volume movimentado. Como exemplos de redução de ineficiências estão a otimização de rotas para redução de percursos, o aumento da consolidação de cargas em uma mesma operação de transportes, o amento da utilização interna dos veículos, a utilização dos modais mais adequado para cada perfil de carga, a revisão da malha logística otimizando a localização de armazéns e cross-dockings, entre outras ações que trazerem grande potencial de redução de custos nas cadeias de suprimentos e também são grandes aliadas na redução de impactos ambientais.
Empresas que buscam eficiência logística certamente estarão contribuindo para que seus negócios sejam mais sustentáveis, assim como o meio ambiente.
Referências
https://www.ilos.com.br/web/eficiencia-e-sustentabilidade-andam-juntas-na-logistica/
https://www.ilos.com.br/web/sustentabilidade-ambiental-no-supply-chain/
https://jsl.com.br/sustentabilidade/
https://ri.tegma.com.br/compromisso-meio-ambiente/
https://exame.com/esg/o-que-e-esg-a-sigla-que-virou-sinonimo-de-sustentabilidade/