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Qual é o modelo de transporte que queremos para o futuro?

Por Márcio D'agosto em 26 de outubro de 2016 às 10h58
Márcio D'agosto

Como um país de dimensões continentais, o Brasil possui um desafio gigantesco para estruturar um modelo de transporte – seja ele de pessoas, mas principalmente de cargas – que se constitua efetivamente sustentável.

No campo das ideias, o mundo ideal voltado à frota de veículos pesados passa por modelos equipados com motores híbridos e que utilizem o etanol como combustível alternativo, rotas otimizadas que atendam mais clientes em seu percurso, otimização da alocação de cargas nos caminhões e transferência modal de transporte, que serviriam para minimizar a dependência de nossa malha rodoviária, em detrimento dos meios ferroviário, hidroviário e até o aeroviário (mesmo sendo o mais caro de todos). É justamente nesse ponto que o mundo idealizado deixa de existir e passamos a enfrentar a vida real.

Algumas iniciativas caminham para essa realidade. Por exemplo, nos veículos de grande porte, existem montadoras que já desenvolveram caminhões e ônibus movidos a gás natural e que podem também funcionar com biometano. Essa é outra fonte importante de energia, derivada do biogás e que, por sua vez, é obtida a partir da decomposição de produtos ou resíduos orgânicos, como o lixo. Outra vantagem expressiva é que o biometano apresenta índices menores de emissão de poluentes atmosféricos, quando utilizado em veículos automotores, em comparação a outros combustíveis fósseis, como o diesel. Seria o combustível ideal para abastecer frotas de ônibus que poderiam circular principalmente em grandes centros urbanos, ao mesmo tempo que potencializa a economia circular e aprimora o cumprimento da Lei dos Resíduos Sólidos.

Nesse mesmo sentido caminham combustíveis renováveis, como o etanol e o biodiesel. Mas para que sua utilização seja realmente uma alternativa viável e atrativa no cenário brasileiro, há a necessidade de uma política de governo clara e vantajosa a esses combustíveis sustentáveis que garanta, por exemplo, o abastecimento do mercado em escala nacional. Daí a importância de iniciativas que debatam o futuro do setor, a exemplo do V Seminário Internacional Frotas & Fretes Verdes, que em novembro vai abordar, em São Paulo, temas como a eficiência energética no sistema logístico de transportes, além de apresentar soluções que resultem em um modelo sustentável e competitivo para os próximos anos.

marcio dagosto

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